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Viva

Denise Fraga estrela versão de peça britânica amanhã na cidade

Arquivo Geral

19/04/2012 8h44

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

divulgação

Um casal em crise e uma adolescente em fase de dilemas pessoais e amorosos – todos morando juntos na mesma casa. E ainda tem mais gente debaixo desse teto. Este é o cenário para Denise Fraga e grande elenco discutirem relações familiares no espetáculo Sem Pensar, em cartaz em curta temporada, a partir de amanhã até domingo, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional.

 

Delilah, personagem da jovem Julia Novaes, é uma menina de quase 13 anos de idade, às vésperas de se envolver em seu primeiro relacionamento amoroso com o também jovem, porém um pouco mais velho, Daniel (Kauê Telloli), 21, que aluga um quarto em sua casa. O primeiro conflito surge quando a namorada dele,  Carol, vivida por Virgínia Buckowski, chega na residência.

Denise Fraga é Vicky, mãe de Delilah e casada com Nick, interpretado por Kiko Marques. Os dois vivem em pé de guerra. As discussões são cada vez mais frequentes e repetitivas e, por conta disso, o casal não consegue perceber o crescimento da filha – em processo de descoberta da sexualidade –, e o drama em que vive o rapaz, dividido entre o desejo e a moral.

“Não existe uma protagonista. A história gira em torno dessa menina de 12 a 13 anos, no meio de toda essa confusão familiar”, conta Denise Fraga, em entrevista ao Jornal de Brasília. “A minha personagem é engraçada de tanto mau humor. Você ri da cegueira em que ela se encontra”, acrescenta a atriz.

 

Para Denise Fraga, o espetáculo é uma comédia dramática e fala da falta de comunicação familiar. “A autora se vale de uma situação cotidiana que qualquer família pode passar, e passa”, observa a atriz. O texto é da escritora inglesa Anya Reiss, que escreveu a peça aos 17 anos e se tornou um hit em Londres. Foi lá que o diretor Luiz Villaça e Denise – casados na vida real – assistiram à montagem original, chamada Spur of The Moment.

divulgaçãoO grande valor da peça, para a atriz  que vive esposa e mãe em cena, é o fato de ser um drama escrito de forma cômica. “É um gol de dramaturgia porque as pessoas se reconhecem no palco”, diz. “Família todo mundo tem e os problemas consequentes desse convívio todos também enfrentamos diariamente. Isso gera o reconhecimento direto entre a plateia e a trama, trunfo que é o maior motivo para sucesso da peça”, acredita ela.

Sem Pensar estreou ano passado no Teatro Tuca, em São Paulo. De lá, os atores seguiram para Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Vitória (ES) e se apresentam ainda em escolas da periferia paulista.  “O engraçado é que a mesma reação da plateia londrina eu vejo aqui. Mesmo sendo um drama, o público dá risada o tempo todo”, comenta Denise.

“O fator dramático está, por exemplo, num casal que briga o tempo todo. Mas é cômico ver discussões repetidas pelos mesmos motivos todos os dias. A briga pelo controle remoto, a mãe que não para quieta em frente à TV”, cita ela, para dar apenas um gostinho do que poderá ser visto a partir de amanhã no palco da Martins Penna.

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