Menu
Viva

Como o vidro se quebra

Arquivo Geral

07/03/2013 9h48

Vinícius Remer

vinicius.remer@jornaldebrasilia.com.br

 

“Um poeta de primeira ordem – original e humano, sensível e consciente. Poesia que não é cera, é chama”. Foi assim que o autor de Gabriela, Cravo e Canela, Jorge Amado, definiu o poeta Salomão Sousa. Após cinco anos sem escrever uma obra de poesias, ele convida o público hoje para o lançamento de seu décimo livro, intitulado Vagem de Vidro, da editora Thesaurus.

 

Para Salomão, o leitor não vai encontrar um livro fácil. “Atualmente existe um conceito muito errôneo de achar que  a poesia tem que ser muito comunicativa e falar de coração. Ela tem que fazer um outro papel, fazer um questionamento interno com as palavras”, diz.

 

Os versos de Salomão trazem reflexos da realidade, como sequestro relâmpago e política. É possível também encontrar nas entrelinhas um pouco da infância do poeta.  “É um livro polissêmico, quase surrealista, mas que deu um enorme prazer em fazê-lo”, define o autor.

 

Ao ler um poema da baiana Helena Parente Cunha, Salomão percebeu que a poesia não era a mesma e tinha que ser o que ela estava fazendo. “As frases não existem normalmente, não têm uma sequência definida, como substantivo, verbo e complemento. Elas se desdobram e entram em outro trecho de frase no meio do verso. Isso tinha um significado extraordinário”, elogia.

 

Retratos

O poeta acredita que foi isso que o inspirou nos poemas em seu novo livro. Salomão busca, na escrita, um retrato da atualidade. “São poemas  com a preocupação de estar presentes no tempo presente, tempo fragmentando, fútil e amoral, pleno de catástrofes que fragmentam mais o humano”, diz.

 

Serviço

Hoje, das 18h30 às 23h30. No Restaurante Carpe Diem (201 Norte). Informações: 3344-3738. Entrada franca. Classificação livre.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado