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Cinema

Armeira de ‘Rust’ tem pedido de novo julgamento por morte em set negado

O ator ensaiava uma cena em outubro de 2021, quando uma bala disparada de seu revólver atingiu fatalmente a diretora de fotografia, Halyna Hutchins

Redação Jornal de Brasília

30/09/2024 16h57

hannah gutierrez

Foto: Reprodução/Facebook

Hannah Gutierrez, a armeira do filme “Rust”, cuja diretora de fotografia morreu baleada no set, continuará presa depois que a justiça dos Estados Unidos negou, nesta segunda-feira (30), movimentos por um novo julgamento e por sua libertação imediata.

Gutierrez era responsável pelos acessórios e armas cenográficas no conjunto de gravação desse faroeste protagonizado por Alec Baldwin, no Novo México.

O ator ensaiava uma cena em outubro de 2021, quando uma bala disparada de seu revólver atingiu fatalmente a diretora de fotografia, Halyna Hutchins, e feriu o diretor do filme, Joel Souza.

Gutierrez foi condenado em abril a 18 meses de prisão por homicídio culposo.

Baldwin comparou ao tribunal em julho para responder pela mesma acusação, mas durante o julgamento descoberto-se que um ex-policial entregou ao investigador um conjunto de balas semelhantes ao crime.

No entanto, as balas fornecidas pelo ex-policial Troy Teske não foram examinadas nem incluídas no processo do caso. Por isso, a defesa de Baldwin não teve acesso a elas e pediu a anulação do caso por supressão de provas.

A juíza Mary Marlowe Sommer anulou o caso, por considerar que essa omissão da promotoria comprometia o processo.

Gutierrez aprovou então a situação para pedir a anulação de seu julgamento ou um novo processo, assim como sua liberação imediata.

Os advogados da jovem, também conhecidos como Hannah Gutierrez Reed, argumentaram que a promotora responsável pelo caso, Kari Morrissey, “mentiu várias vezes ao tribunal” e escondeu provas que poderiam ser relevantes para o caso contra Gutierrez.

A Promotoria respondeu explicando que Teske ofereceu as balas inicialmente à defesa de Gutierrez, que até as incluídas em sua lista de potenciais testemunhas.

“A munição apresentada por Teske não se qualifica, legalmente, como prova material, pois estava disponível para a Ré antes e durante o julgamento”, afirmou a juíza, que também negou o pedido da defesa para libertar Gutierrez.

Como armeira do filme, Gutierrez tinha a responsabilidade de levar a munição para o set. Foi ela quem carregou o revólver antes de Baldwin usá-lo no dia da tragédia.

A investigação nunca foi explicada como a bala real que matou Hutchins entrou no set.

Agence France-Presse

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