Lucas Musetti Perazolli
Robinho recebeu sondagem de um time da segunda divisão da China, mas a conversa não avançou. O atacante teme sair do Brasil e ser preso por causa da condenação em última instância na Justiça Italiana, pelo crime de violência sexual.
O atleta atuou pelo Guangzhou Evergrande em 2015.
Robinho teme sair do Brasil e aumentar o risco de ser preso. Nenhuma viagem foi marcada nos últimos meses. Outro fator é continuar perto da família. Um dos filhos, inclusive, joga na base do Santos.
Ele foi sondado por Portuguesa Santista e Brasiliense. Aos 38 anos, ele ainda não decidiu se voltará a atuar. Sua última partida foi em 19 de julho de 2020, pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia.
O atacante fala constantemente sobre a vontade de competir. Essa decisão deve ocorrer em breve.
Robinho comenta que quer e tem condições de retornar aos gramados, mas se preocupa com a família e os filhos, principalmente pelo que chama de “perseguição da imprensa”.
Robinho mantém a forma em um campo do Guarujá e também em algumas atividades na Portuguesa Santista. Ele e outros atletas com passagem pelo Santos jogam juntos, como o zagueiro Domingos e o atacante Renatinho.
O ex-camisa 7 do Santos disputou amistosos contra a Portuguesa Santista junto com esse time de amigos dele. Quem participou afirma que ele “sobrou” e pode voltar a atuar tranquilamente.
O QUE ESTÁ POR TRÁS?
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013, na Itália. O atacante foi anunciado como reforço do Santos em 2020, mas o acordo foi cancelado pela publicação de conversas com amigos e a pressão de patrocinadores.
O Brasil negou a extradição de Robinho. A recusa se deu com base no artigo 5º da Constituição brasileira. O pedido foi feito pelo governo italiano em outubro.
O caso já transitou em julgado e não tem possibilidade de recurso. Robinho e seu amigo Ricardo Falco foram condenados. Outros quatro envolvidos não foram encontrados pela Justiça Italiana.
Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. De acordo com a reconstrução feita pelo Ministério Público, o grupo levou a jovem para um camarote da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
Em outro trecho, Robinho afirmou: “Olha, os caras estão na m**. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f*** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, afirmou.
Após Chagas dizer que havia visto Robinho “colocar o pênis dentro da boca” da vítima, ele respondeu: “Isso não significa transar”.
Os advogados do ex-jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.