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Processos de paternidade em Cuba podem afetar divisão da herança de Maradona

Além de uma soma não conhecida em dinheiro vivo, esse patrimônio está estimado em US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões)

Redação Jornal de Brasília

30/11/2020 10h52

Foto: Carl Recine/Reuters

Sylvia Colombo
Bueno Aires

Além da investigação para apurar se houve ou não negligência ou homicídio culposo na morte de Diego Armando Maradona, outra trama irá se desenrolar nas próximas semanas e meses: a da disputa pela sua herança.

Além de uma soma não conhecida em dinheiro vivo, esse patrimônio está estimado em US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões), que incluem cinco propriedades na Argentina (dois apartamentos em Villa Devoto, um em Puerto Madero, uma casa em Nordelta, uma em Bella Vista), quatro automóveis no país e dois em Dubai (um Rolls Royce e uma BMW).

Durante sua passagem por Belarus em 2018, onde ocupou por poucos meses a presidência do Dínamo Brest, ele acumulou alguns presentes. Entre eles estão um anel de brilhantes estimado em 300 mil euros (R$ 1,9 milhão), que Maradona usava em alguns jogos no comando do Gimnasia La Plata, e um tanque anfíbio militar da marca Hunta Overcomer.

Maradona ainda mantinha contratos com o Gimnasia, a empresa esportiva Puma e as de jogos eletrônicos EA Sports e Konami.

Também constam de seu patrimônio investimentos em Cuba (ele era amigo do ditador Fidel Castro, morto em 2016, exatos quatro anos antes dele) e na Itália, onde brilhou nos gramados pelo Napoli. Existem, ainda, os direitos de imagem, que continuarão rendendo depois de sua morte.

A princípio, têm direito à herança seus sete irmãos, a ex-mulher Claudia Villafañe, as filhas Dalma, Gianinna, Diego Junior, Jana e Diego Fernando, mais três netos. Outras pessoas podem se somar para a partilha dos bens.

Há uma disputa pela paternidade de outros três possíveis filhos, que teriam nascido em Cuba. Segundo o advogado do craque, Matías Morla, dois deles estão num estágio avançado do processo de comprovação da paternidade.

Eles seriam filhos de duas mães diferentes, mulheres com quem Maradona manteve uma relação quando esteve internado na ilha para tratar sua dependência química.

Para evitar futuras exumações do corpo, enterrado no cemitério de Bella Vista, na província de Buenos Aires, foi recolhida uma amostra de seu DNA.

Com Villafañe, que organizou as cerimônias de velório e enterro ao lado das filhas Dalma e Gianinna, a situação é mais complicada.

No momento da morte de Maradona, estava ainda em aberto um processo de litígio entre os dois. Maradona a acusava de fraude na administração de parte de seus bens. Villafañe também responde a um processo por evasão de impostos.

Segundo Morla, o processo de sucessão pode durar até 90 dias, mas dependerá das apurações de paternidade em Cuba.

As informações são da FolhaPress

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