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Novo técnico do Brasília fala sobre desafio no NBB

Arquivo Geral

30/08/2018 20h36

André Germano é o novo técnico do Brasília no NBB/Foto: Francisco Nero/Jornal de Brasília

Matheus Garzon
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André Germano dará um grande passo na carreira: será o treinador principal de um time no Novo Basquete Brasil (NBB). E não é qualquer equipe. O paulistano, de 45 anos, aceitou o desafio de assumir o Brasília, em uma cidade apaixonada e com muita tradição no basquete. Ainda procurando apartamento e esperando a família chegar na capital federal, o técnico, campeão do NBB 2016/2017 como assistente do Bauru, conversou com o Jornal de Brasília sobre as expectativas para a temporada e como correr contra o tempo para ajeitar o time até a estreia em 15 de outubro, contra o Flamengo, um dos favoritos ao título.

É sua primeira experiência como técnico principal no NBB. Como veio essa decisão?
Foi um processo natural. Trabalhei na Seleção Brasileira de base, na seleção adulta de 2010 a 2014 e esses últimos anos em Bauru, como assistente. Eu fui me preparando. Acompanhei outros treinadores que são referência na Liga Nacional, pois a gente sempre aprende com o treinador que a gente trabalha junto. Eu esperava uma oportunidade e me preparei para quando acontecesse, eu estar pronto para assumir o desafio.

E por que vir para Brasília? Você recebeu propostas de outros lugares, outros clubes?
Tive outras sondagens, mas Brasília, quando houve o primeiro contato, para mim já foi uma situação diferente. Principalmente no sentido da história que a cidade tem com o basquete, o tamanho do projeto que me foi apresentado. Sabemos que a expectativa da cidade é sempre com equipes boas, fortes. Portanto, na primeira conversa, foi uma coisa meio que imediata. Me ligaram e eu perguntei: “Quando você quer que eu chegue aí?”.

Como foi a montagem do elenco? Você participou da escolha dos jogadores contratados?
Quando a diretoria conversou comigo, já tinha alguns jogadores adiantados. A direção me falou sobre os nomes e foi uma coisa feita em conjunto. Praticamente todos os jogadores que surgiam, eles pediam e perguntavam a minha opinião.

A equipe vai contar com Arthur e Nezinho, dois grandes ídolos de Brasília, mas que já são veteranos. Qual será o papel deles nesta temporada?
Os dois são jogadores de alto nível, sabem o momento que estão vivendo hoje, sabem como contribuir com o time em todos os aspectos. Tanto em tempo de quadra, como na liderança natural que eles vão ter dentro do elenco. A experiência deles só vêm para somar com os mais jovens. Com relação ao tempo em quadra, vai depender muito do momento. O basquete é um esporte de muita intensidade, contato físico… Então é natural uma rotação dos atletas dentro dos jogos e entre as partidas.

Brasília é uma cidade que sempre teve times muito fortes no NBB. Qual sua expectativa para a temporada?
Temos sempre que buscar estar entre os primeiros. É um torneio duro, com ótimas equipes, que já estão se preparando, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas vamos nos preparar para dar o nosso melhor e brigar pelas melhores posições na tabela de classificação.

Você tem larga experiência em categorias de base, na Seleção Brasileira, inclusive. O que você acha que pode tirar dessas passagens para aplicar no Brasília?
Todas as experiências que nós temos, somam naquilo que vai identificar nosso trabalho. Essa experiência na base nos dá toda a diretriz em como lidar com o jogador no dia-a-dia. Independentemente da idade, temos que buscar a evolução deles dentro da temporada. É a minha característica. Vamos trabalhar muito com a análise desempenho dos atletas.

Você foi campeão da NBB como assistente no Bauru na temporada 2016/2017. Como pretende repetir o caminho das vitórias aqui em Brasília?
Tenho aquela chama competitiva. Onde estou, independentemente da equipe, procuro tentar fazer o melhor e buscar os títulos. Estava no time campeão de 2016/2017, assim como em 2015/2016, quando fomos vice-campeões, e no ano anterior também (2014/2015) vice-campeões… A gente tem sempre que buscar os títulos mais importantes.

A preparação do Brasília começa bem em cima da hora. Falta um mês e meio para a estreia. O quanto isso atrapalha?
Vamos começar os treinamentos amanhã. Essa última semana foi de avaliação física dos atletas. Entrei em contato com os nossos jogadores há uns 10 dias para saber da condição atual e começar a inserir uma preparação para que, quando eles chegassem aqui, não começassem do zero. São 45 dias de pré-temporada e dentro disso queremos ainda fazer alguns amistosos. Todo dia aqui será de superação de todos para que a gente chegue na competição da melhor forma possível, até porque nosso início será com equipes muito fortes.

O primeiro jogo, inclusive, será contra o Flamengo, clube que tem grande rivalidade com Brasília. Qual a sua expectativa para a estreia no NBB?
Não dá para fazermos uma análise ainda, pois o Flamengo está em preparação e também teve uma mudança no elenco, no comando, na filosofia de trabalho. Nesse sentido, nossa expectativa só pode ser a vitória. Temos que ir para o jogo preparados para vencer. É claro que existe a rivalidade, mas são duas equipes que vão buscar o seu melhor e, com certeza, estarão em busca do título no final.

Com relação aos amistosos de pré-temporada, já há alguma previsão de datas e adversários?
Dentro do planejamento, nós faremos o primeiro amistoso no fim de setembro. Ainda não temos adversário. A ideia também é nos dias 5, 6 e 7 de outubro jogar mais duas partidas preparatórias também.

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