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Luto: Morre Diego Maradona

Maior jogador da história da Argentina, Diego Maradona faleceu, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória

Aline Rocha

25/11/2020 13h21

(FILES) In this file photo taken on December 06, 2008 Argentina’s national team coach and former football star Diego Armando Maradona gestures as he attends a felicitation programme at Salt Lake Stadium in Kolkata. – Argentinian football legend Diego Maradona passed away on November 25, 2020. (Photo by Deshakalyan CHOWDHURY / AFP)

O camisa 10 e eterno ídolo da história do futebol Argentino, Diego Maradona faleceu nesta quarta-feira, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com o jornal argentino Clarín, a morte de Diego Maradona, ocorreu em sua casa em “El Tigre”, região metropolitana de Buenos Aires. Segundo o portal, o astro sofreu um mal súbito em casa, na manhã de hoje. Ambulâncias foram acionadas para sua casa mas ele veio à óbito ainda no local.

Foto: Rashide Frias/AFP

Maradona vinha enfrentando diversos problemas de saúde. Em 9 de novembro deste ano o ex-jogador foi internado  por causa de um hematoma no cérebro. Ele foi submetido a uma cirurgia de 1h20 no dia seguinte. Recebendo alta dois dias depois, ele seguiu para uma clínica de reabilitação para auxiliar na sua reabilitação da dependência de álcool e remédios.

O plano dos médicos era de mudar Maradona para uma casa em condomínio fechado localizado ao norte da capital argentina, perto de onde residem suas filhas mais velhas, Dalma e Giannina. Os médicos já mostravam preocupação, apesar de o tratamento ser considerado simples, com as condições de saúde do astro argentino.

Campeão mundial com a Argentina em 1986, Maradona teve sua carreira marcada pela genialidade em campo e pelas polêmicas fora dele. O camisa 10 defendeu a seleção em 91 jogos, atuando em quatro Copas do Mundo: 1982, 1986, 1990 e 1994. No Mundial dos Estados Unidos, viveu um dos piores momentos de sua trajetória, quando foi pego no exame antidoping ainda na primeira fase da competição.

Drogas

O uso de drogas, principalmente cocaína, o levou a abandonar definitivamente a carreira após teste ter detectado, pela segunda vez, uso de cocaína. Maradona passou por algumas internações e idas ao hospital, muitas delas em função de problemas causados pelo vício.

Foto: Daniel Luna/AFP

Em 17 de março de 1991, seu vício em cocaína custou-lhe a primeira suspensão. Maradona mostrava-se de carne e osso, humano como todos apesar do que fazia em campo. Voltou aos gramados atuando pelo espanhol Sevilha (1992-1993) e de lá retornou à Argentina para uma breve passagem pelo Newell’s Old Boys em 1993. Depois da Copa do Mundo de 1994 e da segunda sanção por doping, vestiu mais uma vez a camisa do Boca Juniors, onde deixou os gramados em 25 de outubro de 1997, cinco dias antes de seu 37.º aniversário. Numa despedida memorável em 2001, dentro do Estádio La Bombonera lotado, Maradona falou sobre seus vícios. “Errei e paguei, mas o que fiz em campo não se apagou”.

Maradona foi mais do que um grande jogador. Indomável, enfrentou o poder do futebol mundial, desafiou o establishment, abraçou líderes da esquerda latino-americana, fez amizade com Fidel Castro, tatuou Che Guevara e é o ídolo de figuras lendárias do esporte.

Problemas de saúde

Em 2000, o argentino sofreu um ataque cardíaco devido a uma overdose quando estava no resort uruguaio de Punta del Este. Fez um longo tratamento, com idas e vindas a Havana, longe das câmeras. Pesando 100 quilos, outra crise cardíaca e respiratória o surpreendeu em 2004 em Buenos Aires. Ela o deixou à beira da morte.

Foto: AFP

Recuperado, fez uma cirurgia bariátrica e perdeu 50 quilos, para retornar um ano depois como apresentador de televisão. Em 2007, os excessos no consumo de álcool o levaram a uma nova hospitalização, agora por hepatite. Foi internado em um hospital psiquiátrico. Saiu novamente.

Para os gramados, voltou como treinador, função que já havia tentado, sem sucesso, no Mandiyú (1994) e Racing (1995). Depois de liderar a seleção nacional, comandou o Al Wasl (2011-2012) dos Emirados Árabes, depois o Al Fujairah (2017-2018) e seguiu para o México, onde esteve à frente do Los Dorados de Sinaloa (2018). Operado dos joelhos e com uma bengala, assumiu em 2019 em seu país o comando do Gimnasia y Esgrima La Plata.

Com informações de agências

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