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Justiça russa condena Robson a 3 anos de prisão

A promotoria ficou contrariada com a decisão e deve recorrer. Após a decisão, Robson deve ser transferido para um presídio no Brasil

Redação Jornal de Brasília

09/12/2020 15h24

Foto: Reprodução

A Justiça russa decidiu diminuir a pena de Robson Oliveira, ex-motorista do jogador Fernando, para três anos. Cumprindo sentença há um ano e nove meses por contrabando e tentativa de tráfico de drogas, o brasileiro, que tinha pena de 12 anos, agora terá de ficar encarcerado por menos de um ano e meio. A promotoria ficou contrariada com a decisão e deve recorrer. Após a decisão definitiva, Robson deve ser transferido para um presídio no Brasil.

Por enquanto, ele segue em regime fechado. De acordo com o código penal russo, após o cumprimento de 3/4 da pena, ele poderá deixar o centro de detenção, o que deve acontecer em oito meses. A defesa do brasileiro tem até 10 dias para recorrer a um juiz de segunda instância.

Em fevereiro de 2019, Robson foi preso por portar remédio com substância de uso proibido na Rússia, mas permitida no Brasil. O motorista levava o medicamento Mytedom 10mg (cloridrato de metadona) para a utilização pelo sogro do meio-campista Fernando, William Pereira de Faria.

Robson alegou não saber da existência do medicamento em sua mala, assim como desconhecer sua proibição na Rússia. O remédio seria usado pelo sogro do atleta para reduzir dores na coluna. Apesar de ser o dono da medicação, ele não foi chamado para prestar depoimento. O motorista está preso desde março de 2019.

Após o caso tornar-se público, personalidades do esporte fizeram campanha com hashtag #JustiçaPorRobson pedindo a liberdade do brasileiro na Rússia. Também via redes sociais, o jogador Fernando pediu a ajuda do presidente Bolsonaro e rebateu críticas de que não tem contribuído para ajudar o ex-funcionário. “É mentira quando dizem que não estou fazendo nada para ajudá-lo”, disse em publicação no Instagram. O atleta afirmou que tem pago os custos com advogados de Robson na Rússia e no Brasil.

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo apelaria para a “sensibilidade” e “questão humanitária” para a liberação do brasileiro, preso na Rússia. “Nós vamos, se Deus quiser, conseguir sensibilizar o presidente Vladimir Putin. Eu tenho um bom relacionamento com ele. A gente vai apelar para a questão humanitário para ver se a gente consegue trazer ele para cá”, disse para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Dias depois, no fim de outubro o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) foi à Rússia para entregar uma carta em nome do presidente de Bolsonaro, pedindo a soltura do brasileiro. O parlamentar ficou três dias no país e se encontrou com o vice-ministro Sergey Ryabkov para entregar a carta a pedido do chefe do Executivo.

“Dentro de mim existe algo muito forte pedindo por justiça a esse brasileiro, que já está há quase dois anos preso em um lugar desconhecido. Robson não fala russo, não fala inglês, francês e está totalmente isolado. Jamais passou pela cabeça dele que isso poderia acontecer. Toda hora lembro do assunto. Imagino o sofrimento dele”, afirmou o senador, na ocasião.

Estadão Conteúdo

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