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Hamilton pede redução de compromissos comerciais para poder renovar com Mercedes

O ponto principal é atender ao pedido para reduzir os compromissos comerciais e dar ao piloto mais tempo para descansar e se preparar

Redação Jornal de Brasília

03/12/2020 11h51

Heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton ainda não tem contrato para correr no ano que vem, mas já exigiu quais são as condições necessárias para renovar o acordo com a Mercedes. Segundo o chefe da equipe alemã, Toto Wolff, o entrave está longe de ser sobre a remuneração. O ponto principal é atender ao pedido do inglês para reduzir a quantidade de compromissos comerciais e dar ao piloto mais tempo para descansar e se preparar.

Wolff conversou com um pequeno grupo de jornalistas do Brasil e da Argentina nesta quinta-feira em um evento promovido pela fornecedoras de combustíveis e lubrificantes da Mercedes, a Petronas. O dirigente austríaco afirmou que confia em um acordo com o heptacampeão mundial. O outro piloto da escuderia, o finlandês Valtteri Bottas, já renovou o contrato para 2021.

“Temos de reconhecer que Lewis é o melhor piloto do grid e a remuneração deve estar à altura. Nunca as discussões foram sobre dinheiro, mas sim sobre como podemos fazê-lo performar melhor para viajar menos e passar mais tempo com a família. Pode ser preciso diminuir as obrigações com a imprensa e patrocinadores”, explicou Wolff. Seja durante o fim de semana de corridas ou em outras datas, os pilotos têm uma agenda lotada de compromissos comerciais para aparição em eventos de patrocinadores, gravação de comerciais e entrevistas.

Reduzir a carga desses obrigações é um dos temas da negociação para renovar. “As aparições em evento são parte do trabalho, mas muitas vezes se tornam um problema. O piloto está cansado após o treino na sexta, está estressado e tem um compromisso à noite e mal consegue jantar e descansar. Isso afeta a preparação. Estamos conversando (com Lewis) sobre como diminuir esse estresse para ele melhorar no desempenho com o carro”, afirmou o chefe da escuderia.

Quando os pilotos da Fórmula 1 chegam ao Brasil para disputar o GP em Interlagos, por exemplo, a agenda costuma se iniciar quatro dias antes da prova. É comum os competidores participarem de eventos de relacionamento fora do autódromo, terem encontros com patrocinadores que atuam no mercado brasileiro e atenderem dezenas de jornalistas em uma série de entrevistas curtas. É essa carga de compromissos que Mercedes e Hamilton têm avaliado

Com o título já garantido nesta temporada, Hamilton não vai disputar a próxima etapa, neste domingo. O inglês testou positivo para a covid-19 e está fora do GP de Sakhir, no Bahrein Para a vaga dele, a equipe chamou o inglês George Russell, da Williams, integrante do programa de desenvolvimento de pilotos da própria Mercedes. “Será importante saber como George vai reagir nesse ambiente de pressão quando se está no melhor carro do grid”, disse Wolff.

Antes de optar por George, a Mercedes cogitou o belga Stoffel Vandoorne. O plano foi descartado porque o piloto está envolvido na disputa da Fórmula E. Após dominar a categoria por sete temporadas, a escuderia alemã afirma que se manter no topo não tem sido fácil. “O que penso no momento é como organizar uma equipe que tenha o mesmo nível de agora, mas sim causar mais estresse. É essa a nossa ideia central no momento”, explicou o chefe da escuderia.

Estadão Conteúdo

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