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Futebol brasileiro cede suas instalações na luta contra o Covid-19

Até agora, 12 dos 20 clubes do Brasileirão, assim como equipes de outras divisões, colocaram suas instalações à disposição para lutar contra o coronavírus

Redação Jornal de Brasília

22/03/2020 15h39

Com as grandes competições paralisadas devido ao Covid-19, diversos clubes do futebol brasileiro, dos mais tradicionais e ricos aos mais modestos, mostraram solidariedade ao colocar à disposição dos órgãos de saúde suas instalações para lutar contra o vírus.

Até o momento, 12 dos 20 clubes do Brasileirão, assim como equipes de outras divisões, colocaram suas instalações à disposição para lutar contra o coronavírus, que no Brasil já causou a morte de 18 pessoas e tem 1.128 casos de contágio confirmados.

Em alguns casos, os clubes ofereceram seus estádios ou centros de treinamento (CT) para que as autoridades instalem unidades de tratamento aos doentes pelo vírus ou para que sejam instalados hospitais provisórios, pontos de doação de sangue ou de vacinação.

O gesto dos clubes acontece em um momento em que as autoridades de São Paulo e do Rio de Janeiro, os Estados mais afetados pela doença, buscam espaços para instalar hospitais adicionais diante da perspectiva de que o sistema sanitário de saúde colapse nos próximos meses.

Em São Paulo, onde foram registrados 15 mortos e 459 casos confirmados, os quatro grandes clubes se mobilizaram para ajudar.

O Corinthians colocou à disposição seu estádio, a Arena Corinthians, para coleta de sangue, e ofereceu sua sede social e seu CT “para que as autoridades avaliem de que forma poderão ser utilizados no combate ao avanço da doença”.

O Palmeiras cedeu seu estádio para a vacinação contra a gripe e o São Paulo permitirá que o governo estadual use o Morumbi e o CTs da equipe profissional e da base.

Já o Santos anunciou que cedeu um dos salões da Vila Belmiro para que seja montado um hospital provisório.

Também em São Paulo, a prefeitura anunciou que irá instalar 200 camas no estádio municipal do Pacaembu para aliviar o fluxo de pacientes nos hospitais da cidade.

Um jogo difícil

O Ministério da Saúde prevê que a epidemia do Covid-19 alcance seu auge entre abril e junho no Brasil, e que só a partir de setembro começará a se registrar uma queda acentuada no número de casos.

A perspectiva também preocupa o Rio de Janeiro, segundo Estado mais castigado pelo coronavírus no país. Seus grandes clubes, como Flamengo e Botafogo, também colocaram suas instalações à disposição das autoridades.

O Flamengo expressou sua solidariedade cedendo às agências sanitárias o Maracanã e os ginásios do Maracanãzinho e da sede do clube, na Gávea, na Zona Sul.

“Neste momento sombrio, queria convidar a nossa grande Nação Rubro-Negra a renovar a esperança e trabalhar por dias melhores. Cuidemos de nossos idosos, ajudemos aos que mais precisam. Juntos, com a mesma esperança que nos mantêm torcendo, mesmo nos momentos mais complicados dos jogos”, afirmou em carta o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.

O Botafogo colocou à disposição o estádio Olímpico Nilton Santos.

No Sul, o Athlético Paranaense cedeu seu estádio e seu CT, em Curitiba, enquanto que o Internacional, cujo presidente deu positivo para o coronavírus, colocou à disposição seu ginásio poliesportivo e a sede do clube, em Porto Alegre.

No Nordeste, o Bahia, assim como o Fortaleza e o Ceará permitiram que seus CTs sejam usados na luta contra o Covid-19. “Esta luta é de todos nós!”, escreveu o Ceará nas redes sociais.

Na região central do país, o Goiás colocou a serviço do governo seu estádio, o Serra Dourada, para que pessoas de mais de 60 anos e profissionais da área de saúde possam se vacinar contra a gripe comum e evitem formar aglomerações nos centros médicos.

 

Agence France-Presse

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