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Torcida

Flamengo vira sobre o Al Hilal e está na final do Mundial de Clubes

38 anos depois, o rubro-negro volta a decidir um Mundial, e possivelmente de novo com o Liverpool

Olavo David Neto

17/12/2019 17h26

Tem Brasil na final! Na tarde desta terça (17), o Flamengo bateu o Al Hilal por 3×1, em Doha, e decide o título do Mundial de Clubes da Fifa contra o vencedor de Monterrey (MEX) e Liverpool (ING). Salem Al-Dawsari abriu o placar para os árabes, ainda no primeiro tempo. Depois do invevalo, Arrascaeta, Bruno Henrique e Ali Al-Bulaihi (contra) anotaram para o rubro-negro.

Atento aos “vexames” de Internacional, em 2010 e Atlético Mineiro, em 2013, logo o Flamengo sentiu o gosto de uma eliminação precoce na última competição do ano. Sem espaço, o time sofreu um gol que até lembrou o tento concedido na final da Libertadores. Após cruzamento rasteiro, Salem bateu e a bola desviou na zaga, matando o goleiro Diego Alves.

Sem ser “aquele Flamengo” da temporada, o intervalo trouxe ainda mais preocupação aos rubro-negros. Que logo comemoraram, aos quatro minutos, após boa jogada no ataque, Bruno Henrique saiu de frente para o goleiro e rolou para Arrascaeta completar, livre, para o gol vazio. Ainda preocupados com uma possível prorrogação, os flamenguistas fecharam o cerco e passaram a pressionar.

Até que, aos 33’, após cruzamento rápido na primeira trave, Bruno Henrique se agachou e testou a bola com força para virar a partida. Quatro minutos depois, o camisa 27 caiu pela esquerda e cruzou para o meio da área. Na corrida, Ali Al-Bulaihi não conseguiu frear e mandou contra a própria meta.

O jogo

O início da partida em Doha foi ótimo para o Al Hilal. O time saudita trocava passes e impunha velocidade, com o Flamengo enfrentando dificuldades na marcação, que parecia atrasada, como se apenas corresse atrás do adversário. Até teve o primeiro lance de perigo, mas em uma jogada de bola parada após cobrança de escanteio, em que Gerson finalizou para fora.

Mas a resposta do Al Hilal foi imediata. Primeiro com uma chance clara perdida por Gomis, na sequência de rebote dado por Diego Alves após jogada individual de Al-Dawsari. E depois com o primeiro gol da partida. Aos 17, Giovinco acionou Al-Buryak na direita. Ele cruzou rasteiro para Al-Dawsari. No meio da área, livre, chutou, com a bola desviando em Marí e colocando o Al Hilal em vantagem.

O gol mudou o cenário da partida. O time asiático recuou, mas parecia confortável na partida diante de um Flamengo nervoso, algo exposto pelo lance do cartão amarelo de Bruno Henrique, por pisar em um adversário. A equipe carioca, por sua vez, até foi ao ataque, mas atuava em ritmo lento e errava passes, facilitando a marcação do adversário, que mal teve a sua meta ameaçada.

Disperso no primeiro tempo, o Flamengo enfim mostrou o seu melhor aos três minutos, em uma triangulação envolvendo os seus principais atacantes. Gabriel recebeu no meio e acionou Bruno Henrique em profundidade e na grande área. Ele rolou para Arrascaeta, que só empurrou a bola para o gol.

Foi a amostra de um Flamengo mais intenso, algo marcante nos melhores momentos do time na temporada. Mas embora até tenha conseguido exibir isso em alguma momentos da etapa final, com o time encontrando mais espaços do que no primeiro tempo, faltava brilho e velocidade.

O jogo, então, ficou travado, com o Al Hilal até se arriscando no ataque. Mas o Flamengo, que acionou Diego no lugar de Gerson, assim como havia feito na decisão da Libertadores, em ajudando o time a ser mais vertical, acabou conseguindo a virada aos 32 minutos. Aproveitando os espaços dados pela defesa adversária, Diego acionou Rafinha, que cruzou para Bruno Henrique cabecear às redes: 2 a 1.

Com espaços, o time voltou a marcar aos 35. Dessa vez, Diego recebeu na entrada da área e tocou para Bruno Henrique na esquerda. Ele invadiu a área e fez o cruzamento, com Al-Bulayhi mandando contra as próprias redes. No fim, o peruano Carrillo ainda foi expulso por entrada dura em Arrascaeta.

Longa espera

38 anos depois, o rubro-negro volta a decidir um Mundial, e possivelmente de novo com o Liverpool. Rivais em 1981, os ingleses caíram frente ao esquadrão de Zico, Júnior e companhia. Mas, para repetir a decisão, os reds ainda precisam bater o Monterrey na quarta-feira (18), às 14h30 (horário de Brasília).

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 3 X 1 AL HILAL

FLAMENGO – Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luís; Willian Arão, Gérson (Diego), Arrascaeta (Piris da Motta) e Everton Ribeiro; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.

AL HILAL – Abdullah Al Muaiouf; Mohamed Al Burayk, Hyunsoo Jang, Ali Albulayhi e Yasser Al Shahrani; Gustavo Cuéllar, Carlos Eduardo, Salem Aldawsari, André Carrillo e Sebastian Giovinco (Omar Kharbin); Bafetimbi Gomis. Técnico: Razvan Lucescu.

GOLS – Salem Aldawsari, aos 17 minutos do primeiro tempo. Arrascaeta, aos três, Bruno Henrique, aos 32, e Ali Albulayhi (contra), aos 35 minutos do tempo.

ÁRBITRO – Ismail Elfath (Estados Unidos).

CARTÕES AMARELOS – Bruno Henrique, Giovinco, Pablo Marí, Ali Albulayhi, Salem Aldawsari e Diego.

CARTÃO VERMELHO – André Carillo.

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 21.588 torcedores.

LOCAL – Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar).

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