O técnico do Internacional Paulo Roberto Falcão afirmou, após a partida contra o Fluminense, que segue motivado para treinar a equipe mesmo com a situação ruim no Campeonato Brasileiro – são 11 jogos sem vitória, contando o empate da tarde deste domingo (7).
“Eu gosto de desafio. Não gosto de coisa simples não. Ser simples não é para mim. A vida é difícil, mas é nesse momento em que a gente se fortalece. Comecei aqui em 1964, fiz todas as categorias desse clube. Fiquei 16 anos aqui. Disse isso para eles. Somos cobrados por estar um time vencedor”, afirmou o técnico do Internacional.
Falcão também revelou uma situação inusitada: assinou o contrato de técnico do Internacional apenas neste sábado (6), nas suas palavras.
“Eu assinei contrato com o Internacional ontem (sábado). Nunca tive problemas com o contrato. Assinei o contrato ontem, às 12h, 12h30. Arrepender, não me arrependo não. Quando a gente toma uma decisão é pensada. O presidente me ligou numa terça-feira, à tarde tinha sentado e à noite tinha decidido. Eu saí daqui nos anos 70, era o único estrangeiro de um clube, tinha chance de ir para o Milan e não fui, fui para o Roma pelo desafio”, declarou o comandante da casamata vermelha, que também deu detalhes da sua expulsão em campo.
“A expulsão foi absurda. Quando sou expulso com razão, peço desculpas aos atletas, hoje não pedi. Toda vez em que existe um momento de briga, de discussão de um torcedor, sempre fui chamado, em 95% das vezes esperava que o juiz fosse ali e me dissesse: ‘se comporte, senão vai para rua’. Quando veio, falou com o auxiliar que me botou para fora. Mesmo assim, o André foi bem e os jogadores entenderam a situação”, disse Falcão. Na súmula, o árbitro revelou que foi chamado de “medíocre” e que Falcão afirmou “não pode me expulsar sem falar comigo”.
Ídolo do Internacional nos anos 1970, Falcão fez questão de agradecer a torcida e disse que projeta as coisas “para a frente”.
“Quando eu assumo a responsabilidade de dirigir um time como esse, eu sei o que as pessoas exigem, como as coisas funcionam. Se a gente ganhar 75% dos pontos, podemos ser campeões brasileiros. É impossível? Claro que é difícil, mas precisamos pensar as coisas para frente. Não posso olhar para as coisas ruins, e sim para as coisas boas. Agradeço de novo a parte da imprensa que apoiou, a torcida que foi genial, não indo no aeroporto, comparecendo no treino, incentivando. Isso mostra que existe uma ligação, isso mostra a ligação que eu tenho com o torcedor”, declarou o técnico.
