O melasma é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele (enegrecidas, marrons ou acastanhadas), mais comumente na face, mas também pode ser de ocorrência extrafacial, com acometimento dos braços, pescoço e colo.
Segundo o médico especialista Dr. Rogério do Carmo Moreira a doença também está relacionada a alterações hormonais, que advém com a gestação ou o uso de anticoncepcional hormonal feminino, e/ou principalmente pela exposição excessiva ao sol. Vale ressaltar que está condição não tem cura, mas existem uma série de tratamentos que vão ajudar a clarear e atenuar o pigmento e manter a pele sem manchas, mas que facilmente podem voltar se o paciente não tiver os cuidados necessários.
O principal deles é evitar exposição solar. Para tal deve-se usar barreiras químicas e físicas contra o sol, como o uso de um protetor solar líquido de qualidade, com FPS (fator de proteção solar) maior que 30 pelo menos, associado a barreiras físicas como protetor solar em pó, chapéus, bonés, luvas e etc. O médico ressalta que a luz branca e azul – como a emitida pelas lâmpadas, telas de celulares e computadores – também devem ser considerados, e podem auxiliar no desenvolvimento do melasma. “Neste caso, a melhor maneira de evitar a sua ação é com o uso do filtro solar com bom fator de proteção solar, com proteção UVA e UVB, dentro e fora de ambientes fechados”, indicou.
Independente se houver sol ou não, em dias nublados e chuvosos, o protetor solar deve ser usado todos os dias – alinhado com o uso de chapéus e bonés. Outras formas de tratamento tanto na dermatologia como na medicina estética são os tratamentos locais sobre a pele manchada; o uso de aparelhos de lasers, luz pulsada que ajudam a “quebrar” o pigmento; microagulhamento com aplicação de medicação tópica sobre a pele lesionada pelas agulhas – o chamado “drug delivery” e os mais procurados – os peelings químicos; O peeling é um procedimento que proporciona vários benefícios à pele, sendo um deles o clareamento das manchas, já que o tratamento promove a descamação e a renovação celular da pele, proporcionando um efeito de maior ou menor profundidade, a depender do produto utilizado – cuidando das manchas mais superficiais até as mais profundas.
Para o Dr. Rogério do Carmo Moreira os cuidados prescritos para serem feitos em casa, pós e pré-peeling devem ser feitos de forma correta e continua pelo paciente. “Normalmente associo também o uso de medicamentos orais auxiliares no tratamento do melasma, os cuidados são para sempre e o tratamento deve ser contínuo e sem falhar, caso contrário as manchas podem voltar.
Mas, o mais importante de tudo é a escolha de um bom profissional, se alguns dos tratamentos citados não for o adequado para o tipo do melasma e de acordo com o fototipo de cada paciente, pode causar o efeito rebote – podendo aumentar o tamanho da mancha e ficar ainda mais escura. A melhora também depende muito dos cuidados que o paciente vai seguir em casa após o tratamento que foi realizado. O paciente deve seguir à risca as orientações e estar ciente que os cuidados são para a vida toda ”, finalizou.
