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Renato Matsunaga

Plug and Play: Uma das maiores aceleradoras do Vale do Silício

Renato Matsunaga

16/03/2018 1h19

Atualizada 19/03/2018 12h22

Plug and Play Tech Center. Foto: Renato Matsunaga

Após ser exilada do Irã, a família de Saeed Amidi mudou-se para o Vale do Silício, onde fundaram uma loja de tapetes, chamada Medallion Rug Gallery (a loja existe até hoje). Era ainda uma fase inicial, na qual jovens começavam a se juntar para fundar as primeiras empresas de tecnologia da região e ainda não havia uma grande quantidade de investidores dispostos a arriscar seu capital nos jovens que se enfurnavam nas garagens para criar produtos e serviços ainda não inexistentes.

Amidi continuava a trabalhar com a venda de tapetes, atividade na qual conhecia os novos ricos da região, e estendia sua rede de contatos. Curioso com o sucesso das novas empresas do Vale, viu uma empresa se instalar em um lote vizinho à sua tapeçaria. Acontece que essa nova empresa tornou-se a Logitech, e o jovem Amidi ficou decepcionado por ter perdido a oportunidade de ter investido desde o início naquela iniciativa.

Logo que viu uma nova oportunidade, resolveu investir e assim que a Logitech cresceu o suficiente para sair do lote vizinho, ele logo resolveu comprar o imóvel para montar aquele que seria o primeiro ambiente de aluguel de espaços para startups. Entre seus primeiros clientes, estavam os jovens Sergey Brin e Larry Page, que tinham uma empresa startup chamada Google. Interessado no investimento mas ainda com os pés no chão, o CEO da Plug and Play aportou na empresa por meio de um fundo de investimento anjo. Como o investimento não fora tão alto, Amidi ficou satisfeito com o resultado, mas sabia que poderia ter ganhado muito mais.

Assim, investiu diretamente em um novo negócio de pagamentos online, o paypal, cedendo ainda o escritório de graça por 2 anos e investindo na empresa. Quando a venda do negócio por $2,5 bilhões de dólares tornou-se realidade, Saeed Amidi teve certeza de que essa era uma boa forma de se ganhar dinheiro.

Assim, resolveu comprar um prédio de 16.000 m² onde funcionava uma antiga fábrica da Phillips e instalar um ambiente onde pudesse exercer seus investimentos com maior grau de profissionalismos. Seu lema: Criar o Vale do Silício em uma caixa. Assim nascia a Plug and Play, um local onde grandes corporações, startups, entidades governamentais, Venture Capitals e universidades interagiam com grande qualidade.

Um lugar criado para facilitar o desenvolvimento de startups em pleno Vale do Silício, e que funciona como um misto de aceleradora, coworking, investidor e espaço para inovação corporativa ao mesmo tempo. No local, startups de diversos estágios de desenvolvimento podem desde simplesmente alugar um espaço até receber investimentos que podem ser de $25.000 a $500.000 dólares, em natureza financeira, mentorias e disponibilização de espaço e equipamentos por exemplo.

Todos os anos, centenas de empreendedores passam pelos programas de aceleração da Plug and Play. Além disso, mais de 400 empresas estão abrigadas atualmente no espaço em contratos de longa duração. Essa plataforma global de inovação é responsável pela conexão de startups com grandes corporações e investe em mais de 100 companhias todos os anos. Com mais de 22 espaços ao redor do mundo, o Plug and Play tem em seu currículo histórias de sucesso como o Pay Pal, o Dropbox, a SoundHoud e o Lending Club.

O grupo que integra a Missão Biotic foi visitar a iniciativa norte-americana e buscar ideias para acelerar o desenvolvimento de Brasilia. Na Visita, estiveram representantes da Fibra, do Sebrae, da Unb, além do secretário de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia, Antônio Valdir Oliveira Filho, e do secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação, Thiago Jarjour.

Lá, conhecemos também o espaço ocupado por uma equipe do Banco do Brasil, que é um dos apoiadores da iniciativa norte-americana e foi ao Vale do Silício para buscar inovação e acelerar suas iniciativas de tecnologia. Além dessa parceria com o banco, a Plug and Play atua no Brasil e eventos específicos em São Paulo atuando como uma Venture Capital, ou seja, fazendo aportes em startups brasileiras em busca de resultados financeiros futuros.

O Plug And Play Tech Center atua em todo o mundo, com 22 filiais espalhadas pelo mundo, em lugares como a China, Berlim (Alemanha), Nova York, Paris (França), Stuttgart (Alemanha), Mexico, Singapura, Indonésia, Espanha, Japão e Abu Dhabi (Emirados Árabes).

 

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