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Vilões são alvos do público

Arquivo Geral

15/04/2003 0h00

A maioria dos atores sempre declara que prefere viver vilões na TV do que mocinhos. Tudo porque os personagens são mais densos e interessantes dos que os insípidos galãs e heroínas, sempre tão perfeitos e chatinhos. Mas se esquecem que podem pagar um preço bem alto, e dolorido, pela escolha.

Que o diga o vilão profissional Henrique Pagnoncellis, que viveu Orlando de Laços de Família. Na antiga trama de Manoel Carlos ele infernizava a vida da doce prostituta Capitu (Giovanna Antonelli), batendo na moça e fazendo ameaças de acabar com a vida dela.

“Uma vez estava em Búzios quando uma mulher começou a me insultar”, conta o ator. “Ela veio cutucando o meu peito com o dedo, gritando que eu era um cafajeste. Tive que me refugiar dentro de uma loja.”

Mas essa não foi a primeiro vez que Henrique foi execrado por causa de um personagem. Quando César, seu personagem em Mulheres de Areia, supostamente matou a vilã Raquel (Glória Pires), o ator passou por maus bocados. “Eu estava num supermercado e uma mulher começou a berrar, me chamando de assassino”, relembra o ator. “A gente se assusta, mas depois começa a rir.”

A lista dos que sofreram na pele por causa de seus personagens é grande. Cristiana de Oliveira é uma com lugar garantido no clube dos que já penaram por causa das maldades de seus personagens. Quando interpretava a insuportável Alicinha, de O Clone, a atriz foi abordada por duas senhoras em Ipanema, no Rio. A dupla deu bolsadas na atriz, acusando-a de destruir a família de Escobar (Marcos Frota) e Clarice (Cissa Guimarães).

Quando interpretou a babá Nice na primeira versão de Anjo Mau, em 1976, Suzana Vieira também experimentou a raiva do público. Confundindo ficção com realidade, e com medo que a atriz repetisse na vida real o que sua personagem fazia em cena, uma vizinha de Suzana – que morava no apartamento ao lado da atriz – a agrediu dizendo que ela não ia roubar o seu marido como fez na novela.

Cláudia Raia sentiu o peso da raiva do público quando interpretou a maquiavélica empresária Ângela Vidal. A atriz foi agredida verbalmente na rua, no Rio de Janeiro.

Inusitada mesmo foi a situação de Lady Francisco. Quando estava em cartaz no Rio de Janeiro com a peça 101 Dálmatas, a atriz foi à nocaute depois de levar um soco no olho de uma criança que estava na platéia que não se conteve diante das maldades da personagem Cruela Cruel. São ossos do ofício.

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    15/04/2003 0h00

    A maioria dos atores sempre declara que prefere viver vilões na TV do que mocinhos. Tudo porque os personagens são mais densos e interessantes dos que os insípidos galãs e heroínas, sempre tão perfeitos e chatinhos. Mas se esquecem que podem pagar um preço bem alto, e dolorido, pela escolha.

    Que o diga o vilão profissional Henrique Pagnoncellis, que viveu Orlando de Laços de Família. Na antiga trama de Manoel Carlos ele infernizava a vida da doce prostituta Capitu (Giovanna Antonelli), batendo na moça e fazendo ameaças de acabar com a vida dela.

    “Uma vez estava em Búzios quando uma mulher começou a me insultar”, conta o ator. “Ela veio cutucando o meu peito com o dedo, gritando que eu era um cafajeste. Tive que me refugiar dentro de uma loja.”

    Mas essa não foi a primeiro vez que Henrique foi execrado por causa de um personagem. Quando César, seu personagem em Mulheres de Areia, supostamente matou a vilã Raquel (Glória Pires), o ator passou por maus bocados. “Eu estava num supermercado e uma mulher começou a berrar, me chamando de assassino”, relembra o ator. “A gente se assusta, mas depois começa a rir.”

    A lista dos que sofreram na pele por causa de seus personagens é grande. Cristiana de Oliveira é uma com lugar garantido no clube dos que já penaram por causa das maldades de seus personagens. Quando interpretava a insuportável Alicinha, de O Clone, a atriz foi abordada por duas senhoras em Ipanema, no Rio. A dupla deu bolsadas na atriz, acusando-a de destruir a família de Escobar (Marcos Frota) e Clarice (Cissa Guimarães).

    Quando interpretou a babá Nice na primeira versão de Anjo Mau, em 1976, Suzana Vieira também experimentou a raiva do público. Confundindo ficção com realidade, e com medo que a atriz repetisse na vida real o que sua personagem fazia em cena, uma vizinha de Suzana – que morava no apartamento ao lado da atriz – a agrediu dizendo que ela não ia roubar o seu marido como fez na novela.

    Cláudia Raia sentiu o peso da raiva do público quando interpretou a maquiavélica empresária Ângela Vidal. A atriz foi agredida verbalmente na rua, no Rio de Janeiro.

    Inusitada mesmo foi a situação de Lady Francisco. Quando estava em cartaz no Rio de Janeiro com a peça 101 Dálmatas, a atriz foi à nocaute depois de levar um soco no olho de uma criança que estava na platéia que não se conteve diante das maldades da personagem Cruela Cruel. São ossos do ofício.

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