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Talentos contra a fome

Arquivo Geral

07/08/2003 0h00

O nome não poderia ser mais apropriado: Santa Ceia. O espetáculo que inaugura, hoje, em Brasília, o Projeto Tá na Mesa, leva ao palco da Sala Villa-Lobos o resultado de uma experiência bem-sucedida que concilia a arte e a miséria, lapidando o talento de crianças carentes para, por meio do teatro, da dança e da música, reverter as conseqüências da fome.

Santa Ceia é resultado do encontro entre os mineiros do coro Meninos de Araçuaí e o grupo teatral Ponto de Partida, cuja primeira experiência, a montagem Ser Minas tão Gerais, com Milton Nascimento, obteve grande sucesso. Esse espetáculo ampliou ainda mais o trabalho realizado pelos dois grupos, que estão juntos há pouco mais de cinco anos.

A apresentação única deSanta Ceia faz parte do projeto social Tá na mesa, patrocinado pelo Instituto Telemig Celular, que tem como objetivo arrecadar recursos para o desenvolvimento da população do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A cidade de Araçuaí é a base do piloto que visa, como complemento do Programa Fome Zero, contribuir no combate à desnutrição e à fome numa das regiões mais pobres do País.

“A mensagem do espetáculo é revelar as raízes dos meninos e adquirir asas poderosas por meio da arte e da educação. Além disso, buscamos tranformar o tempo escuro da miséria em luminoso da esperança desses meninos”, define a diretora artística dos grupos, Regina Bertala.

Santa Ceia é uma montagem polivalente. Todos os integrantes cantam, dançam, interpretam e emprestam o corpo para desenvolver coreografia e texto. No repertório, há antigas canções do interior mineiro e músicas que permeiam o universo infantil, como Mulher Rendeira, além das cantigas de roda. No elenco, 55 atores e dançarinos, além dos músicos Ivan Correia, Guido Campos, Sérgio Silva e Gilvan de Oliveira, que assina a direção musical.

O coro Meninos de Araçuaí, formado por crianças entre 7 e 16 anos, faz parte do Projeto Ser Criança, do Vale do Jequitinhonha e visa reintegrar socialmente os jovens, por meio da cultura. Já o Ponto de Partida está na estrada há 23 anos. Suas apresentações buscam transmitir uma linguagem que coloca o brasileiro no centro do palco.

A parceria entre os dois grupos resultou num CD, roda que rola, produzido ao longo de nove meses, que já vendeu 30 mil cópias. “Esses meninos começam a ser um trabalho referência, quando se usa a arte como processo de educação e inclusão social. E o resultado é valorizado pelas qualidades culturais e artísticas”, afirma a produtora do espetáculo, Cristina Lima.

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    07/08/2003 0h00

    O nome não poderia ser mais apropriado: Santa Ceia. O espetáculo que inaugura, hoje, em Brasília, o Projeto Tá na Mesa, leva ao palco da Sala Villa-Lobos o resultado de uma experiência bem-sucedida que concilia a arte e a miséria, lapidando o talento de crianças carentes para, por meio do teatro, da dança e da música, reverter as conseqüências da fome.

    Santa Ceia é resultado do encontro entre os mineiros do coro Meninos de Araçuaí e o grupo teatral Ponto de Partida, cuja primeira experiência, a montagem Ser Minas tão Gerais, com Milton Nascimento, obteve grande sucesso. Esse espetáculo ampliou ainda mais o trabalho realizado pelos dois grupos, que estão juntos há pouco mais de cinco anos.

    A apresentação única deSanta Ceia faz parte do projeto social Tá na mesa, patrocinado pelo Instituto Telemig Celular, que tem como objetivo arrecadar recursos para o desenvolvimento da população do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A cidade de Araçuaí é a base do piloto que visa, como complemento do Programa Fome Zero, contribuir no combate à desnutrição e à fome numa das regiões mais pobres do País.

    “A mensagem do espetáculo é revelar as raízes dos meninos e adquirir asas poderosas por meio da arte e da educação. Além disso, buscamos tranformar o tempo escuro da miséria em luminoso da esperança desses meninos”, define a diretora artística dos grupos, Regina Bertala.

    Santa Ceia é uma montagem polivalente. Todos os integrantes cantam, dançam, interpretam e emprestam o corpo para desenvolver coreografia e texto. No repertório, há antigas canções do interior mineiro e músicas que permeiam o universo infantil, como Mulher Rendeira, além das cantigas de roda. No elenco, 55 atores e dançarinos, além dos músicos Ivan Correia, Guido Campos, Sérgio Silva e Gilvan de Oliveira, que assina a direção musical.

    O coro Meninos de Araçuaí, formado por crianças entre 7 e 16 anos, faz parte do Projeto Ser Criança, do Vale do Jequitinhonha e visa reintegrar socialmente os jovens, por meio da cultura. Já o Ponto de Partida está na estrada há 23 anos. Suas apresentações buscam transmitir uma linguagem que coloca o brasileiro no centro do palco.

    A parceria entre os dois grupos resultou num CD, roda que rola, produzido ao longo de nove meses, que já vendeu 30 mil cópias. “Esses meninos começam a ser um trabalho referência, quando se usa a arte como processo de educação e inclusão social. E o resultado é valorizado pelas qualidades culturais e artísticas”, afirma a produtora do espetáculo, Cristina Lima.

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