Não se discute e em nenhum momento pode-se contestar o direito que Silvio Santos tem em buscar o melhor para sua emissora. O que aconteceu na semana passada, com a demissão de toda a equipe do Ratinho e dos seus diretores, Fábio Furiatti e Américo Ribeiro, deve ser encarado com naturalidade. Apesar do barulho causado, este é mais um fato comum e rotineiro dos bastidores do nosso vídeo. Não foi a primeira e nem será a última vez, em especial, no SBT. De outra parte, todos somos obrigados a reconhecer que, como estava, o programa do Ratinho não podia continuar. Seria o seu fim. Alguma coisa precisava ser feita. O que entra em questão, a partir de agora, é o futuro. Uma outra equipe, liderada por Carlos Amorim, passa a tomar conta do programa, que virá totalmente modificado a partir da outra semana e com a missão de recuperar alguns dos preciosos pontos que o apresentador foi perdendo nos últimos tempos. E se há quase uma unanimidade, com a maioria reconhecendo a necessidade de profundas mudanças, há também o questionamento de alguns se o Amorim é a escolha ideal para a recuperação do Ratinho. Dentro do próprio SBT, essa dúvida existe. Há perguntas que ainda não têm respostas: será que vai existir a chamada “química” entre Ratinho e esta sua nova equipe? O Amorim é o homem certo para devolver ao Ratinho o prestígio e a audiência dos seus melhores dias? Acho que Silvio Santos tinha de correr esse risco, mas só o tempo responderá essas questões.