Hoje, no campo esportivo ou fora dele, o jogo entre os selecionados do Brasil e Argentina, válido pelas Eliminatórias da Copa, é o assunto obrigatório de todos. Impossível fugir disso. Como se sabe, a Rede Globo possui os direitos exclusivos de transmissão e as outras emissoras terão de se defender como podem, continuando com as suas programações normais. Uma situação bem desconfortável. Mesmo quem não tem maior simpatia pelas coisas do futebol dificilmente perde um Brasil e Argentina. Não será este, no entanto, o maior problema. O pior ainda está por vir. Imaginem o verdadeiro drama que certamente irão viver os programas esportivos do próximo domingo, a maioria deles instalados na faixa das dez da noite, horário da partida entre Chile e Brasil, em Santiago. Neste próximo final de semana também não haverá rodada do campeonato brasileiro e, salvo melhor juízo, não haverá rigorosamente nada o que discutir ou apresentar. Nem colocando a imaginação para funcionar será fácil encarar essa triste jornada. Por exemplo: como ficará o Terceiro Tempo da Rede Record, comandado por Milton Neves, apresentado exatamente às 22h dos domingos? E o que é certo é certo: a Globo não tem qualquer interferência na escolha do horário da partida. A decisão partiu da Federação Chilena.