O brasiliense está recebendo um presente cultural. Fechada desde 1998, a boa e velha sala de cinema da Cultura Inglesa será reinaugurada hoje. Para reabrir o espaço foi escolhido o longa Driblando o Destino (Bend It Like Beckham), uma produção de 2002 da diretora indiana Gurinder Chadha. A comédia explora o mundo do futebol feminino e conta a história de duas amigas adolescentes que têm como maior sonho se tornarem jogadoras profissionais, assim como o atacante Beckham.
Depois da inauguração, a sala irá exibir filmes participantes do V FIC (Festival Internacional de Cinema). “Queremos fazer do espaço uma continuação do Cine Academia, a 11ª sala”, adianta Marco Farani, proprietário da rede de cinemas da Academia de Tênis. “A sala será parte de uma cadeia, inclusive com programação semelhante”, diz.
As mudanças feitas no local são mais técnicas que estruturais. As cadeiras, por exemplo, só serão trocadas no fim do ano, entretanto, foram adquiridos equipamentos novos e o sistema de som também foi modificado. “A sala tem um projetor italiano Cine Mecânica, considerado atualmente um dos melhores do mundo e o som é dolby stereo”, adianta Farani.
Tanto a administração da Cultura Inglesa quanto o proprietário do Cine Academia acharam conveniente aproveitar o início do FIC (Festival Internacional de Cinema) para reinaugurar a sala. Por isso, não foram efetivadas todas as modificações necessárias para que a sala funcione como deveria.
“Em um segundo momento estará sendo feita a troca das cadeiras e uma possível implementação do espaço do foyer”, afirma Rubens Vasconcelos, diretor-superintendente da Cultura Inglesa. “A intenção é ter um centro de cultura aberto ao público, que volte a ser um ponto de encontro e lazer, em um ambiente agradável”, analisa Rubens.
Quem conhece a filial da Cultura Inglesa, localizada na 709/908 Sul, sabe que o local é um exemplo de arquitetura moderna, típica da capital. Inaugurada em março de 1978, a escola foi totalmente projetada pelo arquiteto Elvin McKay.
Como o arquiteto já morreu, o seu filho e sucessor no estilo, George McKay foi quem fez o projeto de ampliação da filial e da sala de cinema. “O objetivo é preservar a arquitetura original da escola, tão expressiva que diversas vezes já foi palco para aulas de Arquitetura de alunos da UnB”, explica Rubens.
A idéia é, futuramente, agregar à sala de projeção outras atividades como uma livraria ou um café, por exemplo, que atenda à demanda do público.