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Rei sem medo de ser feliz

Arquivo Geral

14/12/2004 0h00

Definitivamente Roberto Carlos não é mais o mesmo. Depois de descobrir, em maio deste ano, que sofria de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), o Rei começou a se tratar. E as mudanças já podem ser sentidas em sua carreira. Ele não descarta, por exemplo, a possibilidade de voltar a cantar “Quero que vá tudo para o inferno”, que havia sido banida de sua carreira, nos shows.

“Por causa do TOC, eu não falava algumas palavras. Agora, com o tratamento, acredito que vou conseguir dizê-las de novo, sem problema. Até porque essa é uma música romântica. Só o refrão é um pouco irreverente”, explicou o Rei.

“Durante muito tempo, as superstições foram vistas por mim mesmo como superstições. Mas, graças à ciência, cheguei à conclusão de que o que eu tenho é TOC. Tenho só superstições comuns”. Roberto garante que outras mudanças serão sentidas em sua maneira de compor daqui para a frente. “Havia alguns temas que eu tinha receio de abordar, mas vou acabar com isso. Acho que vou conseguir falar de tudo de forma mais direta, sem medo”, contou Roberto durante o lançamento do DVD Pra Sempre — Ao vivo no Pacaembu e da caixa Pra Sempre, com oito discos da década de 60.

Roberto não está tomando medicamentos. Ele tem sessões com uma terapeuta e está feliz com os resultados: “Só o fato de eu ter voltado a cantar Imoral, Ilegal ou Engorda é um grande avanço. Só avisei uma coisa à minha terapeuta. Roupa marrom eu não vou começar a usar nunca!

Obra completaRoberto Carlos está lançando toda sua obra em CD, dividida em cinco caixas por ordem cronológica. Os LPs da década de 60 estão na primeira, que chegou ontem às lojas. Os de 70 serão lançados em março, os de 80, em junho, os de 90 e 2000, em setembro, e os internacionais em dezembro.

Os discos dos anos 60 trazem alguns dos maiores sucessos da carreira do Rei, como Splish Splash, As Curvas da Estrada de Santos, Quero Que Vá Tudo Para o Inferno e Namoradinha de Um Amigo Meu. Os CDs trazem as capas e contracapas originais. Dos anos 60, ficou de fora apenas o primeiro LP do Rei, Louco Por Você, que sai em dezembro. A caixa custa R$ 230. Questionado se não achava um preço alto demais para seu público, Roberto foi claro: “Acho caro, sim. Porque meu público é muito popular e não sei se vai comprar um produto meu por esse preço. O DVD é mesmo bem mais caro do que o CD. Então, não há o que a gente possa fazer. Senão, faria”, disse o Rei.

ReligiãoA religião também já não é a mesma para o Rei. “Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo”, afirmou.

Indicando que está mesmo mudando, Roberto só falou de Maria Rita duas vezes e no final da entrevista. “Todos os Natais que passei com Maria Rita foram inesquecíveis. Nunca vou superar a ausência física dela, mas estou aprendendo a conviver com isso.”

O CD está caro para o grande público, mas o especial da TV Globo está mantido, embora a emissora não tenha aceitado gravá-lo no Maracanã, como o cantor queria. “Às vezes acontece uma coisinha ou outra, mas minha relação com a Globo é ótima”, concluiu Roberto.

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    14/12/2004 0h00

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    “Por causa do TOC, eu não falava algumas palavras. Agora, com o tratamento, acredito que vou conseguir dizê-las de novo, sem problema. Até porque essa é uma música romântica. Só o refrão é um pouco irreverente”, explicou o Rei.

    “Durante muito tempo, as superstições foram vistas por mim mesmo como superstições. Mas, graças à ciência, cheguei à conclusão de que o que eu tenho é TOC. Tenho só superstições comuns”. Roberto garante que outras mudanças serão sentidas em sua maneira de compor daqui para a frente. “Havia alguns temas que eu tinha receio de abordar, mas vou acabar com isso. Acho que vou conseguir falar de tudo de forma mais direta, sem medo”, contou Roberto durante o lançamento do DVD Pra Sempre — Ao vivo no Pacaembu e da caixa Pra Sempre, com oito discos da década de 60.

    Roberto não está tomando medicamentos. Ele tem sessões com uma terapeuta e está feliz com os resultados: “Só o fato de eu ter voltado a cantar Imoral, Ilegal ou Engorda é um grande avanço. Só avisei uma coisa à minha terapeuta. Roupa marrom eu não vou começar a usar nunca!

    Obra completaRoberto Carlos está lançando toda sua obra em CD, dividida em cinco caixas por ordem cronológica. Os LPs da década de 60 estão na primeira, que chegou ontem às lojas. Os de 70 serão lançados em março, os de 80, em junho, os de 90 e 2000, em setembro, e os internacionais em dezembro.

    Os discos dos anos 60 trazem alguns dos maiores sucessos da carreira do Rei, como Splish Splash, As Curvas da Estrada de Santos, Quero Que Vá Tudo Para o Inferno e Namoradinha de Um Amigo Meu. Os CDs trazem as capas e contracapas originais. Dos anos 60, ficou de fora apenas o primeiro LP do Rei, Louco Por Você, que sai em dezembro. A caixa custa R$ 230. Questionado se não achava um preço alto demais para seu público, Roberto foi claro: “Acho caro, sim. Porque meu público é muito popular e não sei se vai comprar um produto meu por esse preço. O DVD é mesmo bem mais caro do que o CD. Então, não há o que a gente possa fazer. Senão, faria”, disse o Rei.

    ReligiãoA religião também já não é a mesma para o Rei. “Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo”, afirmou.

    Indicando que está mesmo mudando, Roberto só falou de Maria Rita duas vezes e no final da entrevista. “Todos os Natais que passei com Maria Rita foram inesquecíveis. Nunca vou superar a ausência física dela, mas estou aprendendo a conviver com isso.”

    O CD está caro para o grande público, mas o especial da TV Globo está mantido, embora a emissora não tenha aceitado gravá-lo no Maracanã, como o cantor queria. “Às vezes acontece uma coisinha ou outra, mas minha relação com a Globo é ótima”, concluiu Roberto.

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