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Orlando Duarte

Arquivo Geral

29/01/2005 0h00

Há muitos anos acompanho o tênis. Já disse que amo todos os esportes. Não posso deixar de registrar que as primeiras transmissões, pela TV, eu as fiz para a Cultura quando das disputas da Davis, envolvendo Koch, Mandarino, pelo Brasil, e astros como Nastase, Tiriac e muitos outros. As quadras do Pinheiros ficavam lotadas, tiveram que ampliar os locais para o público, e a TV ficou oito horas no ar, transmitindo… tênis!. Luiz Noriega, Milton Motta (pai do ex-tenista Cássio Motta) e eu tivemos muito a ver com o que veio depois. Hoje, a TV está em todos os eventos. Também cobri, pela Pan, muitos torneios de Nova York (os masters masculino e feminino). Wimbledon, Jogos Olímpicos e torneios pelo Brasil. Vi jogadores maravilhosos. Um dia destes vi o tape de David Nalbandian e Leyton Hewitt, em Melbourne. Foram mais de quatro horas. Um jogo para a história. Ganhou o australiano, mas poderia ter ganho o argentino. Lembrei-me de uma final olímpica, em Barcelona, quando Marc Rosset, da Suíça, ao terminar a partida, que não acabava mais, caiu de costas na quadra de saibro e ficou com outra cor de uniforme. Foi tão cansativo para os tenistas que o público queria que o jogo terminasse para acabar com o “sacrifício físico” dos atletas. Também em Melbourne, a partida parecia que não acabaria mais. Jogo de cinco sets com o último de contagem sem tie break, provocava isso. Qualquer um poderia ter vencido, foi uma “guerra” de muita técnica. Outro acontecimento para a história do tênis. Sou um sentimental e também saudosista das coisas boas. Fui muito a Nova York em razão do tênis, futebol, o Cosmos e Pelé, Portuguesa de Desportos, Mundial de 94, etc. Um hotel que sempre admirei foi o Plaza. Tem história e muitas delas nós acompanhamos em filmes como “Esqueceram de mim”, e muitos outros. Celita Jackson, uma brasileira, foi relações-públicas do charmoso hotel. No brunch, o lanche-almoço dos domingos oferecia até feijão com arroz no cardápio. Celita inovou. Lembro-me de ter participado, nos principais salões do Plaza de um acontecimento histórico: o banquete de despedida de Pelé. Do Cosmos. Leio que o Hotel Plaza vai passar por completa reforma. O prédio é tombado pela prefeitura de Nova York. Não pode ser demolido. Terá ainda um hotel, bem menor. Os compradores venderão apartamentos, aproveitando os que existem, modificando-os, é claro. Os restaurantes também terão outra decoração. Não serão os mesmos que receberam Barbara Streinsand, Dudley Moore, Cary Grant, Hitchcok, Scott Fitzgerald e um milhão de tantos outros nomes importantes do teatro, da música, do cinema, da política… Nova York perde um pouco do seu charme sem o verdadeiro e tradicional Plaza.

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    Arquivo Geral

    29/01/2005 0h00

    Há muitos anos acompanho o tênis. Já disse que amo todos os esportes. Não posso deixar de registrar que as primeiras transmissões, pela TV, eu as fiz para a Cultura quando das disputas da Davis, envolvendo Koch, Mandarino, pelo Brasil, e astros como Nastase, Tiriac e muitos outros. As quadras do Pinheiros ficavam lotadas, tiveram que ampliar os locais para o público, e a TV ficou oito horas no ar, transmitindo… tênis!. Luiz Noriega, Milton Motta (pai do ex-tenista Cássio Motta) e eu tivemos muito a ver com o que veio depois. Hoje, a TV está em todos os eventos. Também cobri, pela Pan, muitos torneios de Nova York (os masters masculino e feminino). Wimbledon, Jogos Olímpicos e torneios pelo Brasil. Vi jogadores maravilhosos. Um dia destes vi o tape de David Nalbandian e Leyton Hewitt, em Melbourne. Foram mais de quatro horas. Um jogo para a história. Ganhou o australiano, mas poderia ter ganho o argentino. Lembrei-me de uma final olímpica, em Barcelona, quando Marc Rosset, da Suíça, ao terminar a partida, que não acabava mais, caiu de costas na quadra de saibro e ficou com outra cor de uniforme. Foi tão cansativo para os tenistas que o público queria que o jogo terminasse para acabar com o “sacrifício físico” dos atletas. Também em Melbourne, a partida parecia que não acabaria mais. Jogo de cinco sets com o último de contagem sem tie break, provocava isso. Qualquer um poderia ter vencido, foi uma “guerra” de muita técnica. Outro acontecimento para a história do tênis. Sou um sentimental e também saudosista das coisas boas. Fui muito a Nova York em razão do tênis, futebol, o Cosmos e Pelé, Portuguesa de Desportos, Mundial de 94, etc. Um hotel que sempre admirei foi o Plaza. Tem história e muitas delas nós acompanhamos em filmes como “Esqueceram de mim”, e muitos outros. Celita Jackson, uma brasileira, foi relações-públicas do charmoso hotel. No brunch, o lanche-almoço dos domingos oferecia até feijão com arroz no cardápio. Celita inovou. Lembro-me de ter participado, nos principais salões do Plaza de um acontecimento histórico: o banquete de despedida de Pelé. Do Cosmos. Leio que o Hotel Plaza vai passar por completa reforma. O prédio é tombado pela prefeitura de Nova York. Não pode ser demolido. Terá ainda um hotel, bem menor. Os compradores venderão apartamentos, aproveitando os que existem, modificando-os, é claro. Os restaurantes também terão outra decoração. Não serão os mesmos que receberam Barbara Streinsand, Dudley Moore, Cary Grant, Hitchcok, Scott Fitzgerald e um milhão de tantos outros nomes importantes do teatro, da música, do cinema, da política… Nova York perde um pouco do seu charme sem o verdadeiro e tradicional Plaza.

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