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O pop vive, graças a eles

Arquivo Geral

18/08/2003 0h00

Nas telas, em vez de paisagens apagadas ou naturezas mortas, sopas enlatadas, garrafas de Coca-Cola e ícones do cinema e personalidades do mundo pop, tudo pintado com cores primárias e traços muito criativos. Quem nunca viu aqueles quadros onde a Marilyn Monroe e Jack Kennedy aparecem coloridíssimas como em desenhos de camisetas? Quem não se lembra da célebre frase que “No futuro, todos serão mundialmente famosos por 15 minutos”? Prova de que Andy Warhol faz parte sim, de todo esse imenso, vasto e democrático imaginário moderno.

É por essas e outras que Andrew Warhola, nascido na Pensilvânia, EUA, em 1928, tornou-se, alguns anos depois, Andy Warhol, um dos ícones da pop art, reconhecido mundialmente. Na década de 50 ele se especializou em artes gráficas, ganhando vários prêmios e muita notabilidade. Mas foi na década de 60 que sua arte saiu dos gráficos de produtos industrializados e ganhou as galerias. Além disso fez inúmeros filmes em 16mm que se tornaram verdadeiros clássicos do underground, como o Chelsea Girls, Empire e Blow Job.

E se os anos 60 foram extremamente produtivos para a criativa arte de Warhol, nos meados da década de 70, o artista, já com quase 50 anos de idade, guardava uma proximidade maior com os seus objetos de pesquisa, digamos assim. Talvez seja esse o fato de ele ter deixado de lado um pouco as telas que o tornaram famoso e partido para algo mais tecnológico.

Munido com uma câmera Big Shot, de plástico com lente de foco fixo e flash embutido, Warhol deu início ao “cultivo” daquilo que em um mundo moderno, acabou virando arte também: suas famosas polaróides – das quais 77 estarão expostas a partir de amanhã no Centro Cultural Banco do Brasil. São cliques de nomes como Jane Fonda, Yves Saint Laurent, Pelé e Liza Minelli.

Há ainda uma série de fotos de anônimos, como drag queens de Nova York, objetos inusitados, como sapatos femininos e ovos de Páscoa, e uma série de auto-retratos. Sem abrir mão de seu perfeccionismo enquanto artista, fazia questão de fotografar as mulheres sem jóias, com os ombros nus e aos homens recaía a preocupação de onde deveriam ficar as mãos. “As polaróides escapam à qualidade irônica da cultura pop e encontram Andy Warhol em seu estado mais puro, em um momento de conexão humana. A intimidade proveniente das polaróides enfatiza o único momento de real aproximação do artista com seu objeto”, afirma Nessia Leonzini, curadora da exposição.

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    É por essas e outras que Andrew Warhola, nascido na Pensilvânia, EUA, em 1928, tornou-se, alguns anos depois, Andy Warhol, um dos ícones da pop art, reconhecido mundialmente. Na década de 50 ele se especializou em artes gráficas, ganhando vários prêmios e muita notabilidade. Mas foi na década de 60 que sua arte saiu dos gráficos de produtos industrializados e ganhou as galerias. Além disso fez inúmeros filmes em 16mm que se tornaram verdadeiros clássicos do underground, como o Chelsea Girls, Empire e Blow Job.

    E se os anos 60 foram extremamente produtivos para a criativa arte de Warhol, nos meados da década de 70, o artista, já com quase 50 anos de idade, guardava uma proximidade maior com os seus objetos de pesquisa, digamos assim. Talvez seja esse o fato de ele ter deixado de lado um pouco as telas que o tornaram famoso e partido para algo mais tecnológico.

    Munido com uma câmera Big Shot, de plástico com lente de foco fixo e flash embutido, Warhol deu início ao “cultivo” daquilo que em um mundo moderno, acabou virando arte também: suas famosas polaróides – das quais 77 estarão expostas a partir de amanhã no Centro Cultural Banco do Brasil. São cliques de nomes como Jane Fonda, Yves Saint Laurent, Pelé e Liza Minelli.

    Há ainda uma série de fotos de anônimos, como drag queens de Nova York, objetos inusitados, como sapatos femininos e ovos de Páscoa, e uma série de auto-retratos. Sem abrir mão de seu perfeccionismo enquanto artista, fazia questão de fotografar as mulheres sem jóias, com os ombros nus e aos homens recaía a preocupação de onde deveriam ficar as mãos. “As polaróides escapam à qualidade irônica da cultura pop e encontram Andy Warhol em seu estado mais puro, em um momento de conexão humana. A intimidade proveniente das polaróides enfatiza o único momento de real aproximação do artista com seu objeto”, afirma Nessia Leonzini, curadora da exposição.

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