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Minibiografia didática de Adoniran Barbosa

Arquivo Geral

07/04/2004 0h00

Muito da vida do sambista paulistano Adoniran Barbosa se traduz pela própria história da Grande São Paulo. Como ninguém, em suas crônicas musicais, Adoniran popularizou bairros e avenidas de Sampa. Esse passeio pela terra da garoa, por meio da figura do compositor de Trem das Onze é narrado pelas mãos dos escritores Juliana Lins e André Diniz no novo volume da série Mestres da Música no Brasil (Editora Moderna).

A coleção apresenta minibiografias das maiores personalidades da música brasileira, com narrativas didáticas para o público infanto-juvenil. Antes do livro Adoniran Barbosa, a mesma dupla Juliana e André já publicou a história de Pixinguinha pela série, que ainda conta com Chico Buarque (por Ângela Braga-Torres), Caetano Veloso e Gilberto Gil (ambos por Mabel Velloso).

Os títulos da Mestres da Música no Brasil primam pelo padrão de muitas imagens, letras grandes e poucas páginas – são apenas 32. No entanto, a coleção cumpre seu propóstio de levar os mais relevantes artistas da música brasileira ao conhecimento das novas gerações.

No caso específico da biografia de Adoniran, Juliana e André se viram numa impossibilidade de ignorar a história da prórpia São Paulo dos anos 30 e 40, período de ascensão da cerreira do sambista. Antes de se nomear Adoniran Barbosa, o músico, filho de imigrantes italianos, chamava-se João Rubinato.

Naquela época, o garoto fugia do trabalho nas indústrias de café, em plena gestão da República do Café-com-Leite. Se refugiou, em 1933, na Rádio Sociedade Record. A partir de então começou a participar de concursos de calouro nas emissoras de rádio. Com as tentativas frustadas, assimilou o dia-a-dia de São Paulo – a Rua Aurora, o Brás e o Bexiga – e narrou em crônicas musicais as peculiaridades da capital paulista.

Abriu mão do registro, emprestou do amigo Adoniran Alvez o primeiro nome e do sambista Luiz Barbosa, o sobrenome. Era ano de 1935, quando, enfim, o músico ganhara algum prestígio. Dez anos depois, Adoniran eternizava-se o maior poeta do samba paulistano com Saudosa Maloca e Samba do Arnesto. Na década de 50, era lembrado pelos Demônios da Garoa e, em 1966, alcançava um momento de glória, quando Trem das Onze, sua mais famosa composição, ganhava primeiro lugar no Carnaval.

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    07/04/2004 0h00

    Muito da vida do sambista paulistano Adoniran Barbosa se traduz pela própria história da Grande São Paulo. Como ninguém, em suas crônicas musicais, Adoniran popularizou bairros e avenidas de Sampa. Esse passeio pela terra da garoa, por meio da figura do compositor de Trem das Onze é narrado pelas mãos dos escritores Juliana Lins e André Diniz no novo volume da série Mestres da Música no Brasil (Editora Moderna).

    A coleção apresenta minibiografias das maiores personalidades da música brasileira, com narrativas didáticas para o público infanto-juvenil. Antes do livro Adoniran Barbosa, a mesma dupla Juliana e André já publicou a história de Pixinguinha pela série, que ainda conta com Chico Buarque (por Ângela Braga-Torres), Caetano Veloso e Gilberto Gil (ambos por Mabel Velloso).

    Os títulos da Mestres da Música no Brasil primam pelo padrão de muitas imagens, letras grandes e poucas páginas – são apenas 32. No entanto, a coleção cumpre seu propóstio de levar os mais relevantes artistas da música brasileira ao conhecimento das novas gerações.

    No caso específico da biografia de Adoniran, Juliana e André se viram numa impossibilidade de ignorar a história da prórpia São Paulo dos anos 30 e 40, período de ascensão da cerreira do sambista. Antes de se nomear Adoniran Barbosa, o músico, filho de imigrantes italianos, chamava-se João Rubinato.

    Naquela época, o garoto fugia do trabalho nas indústrias de café, em plena gestão da República do Café-com-Leite. Se refugiou, em 1933, na Rádio Sociedade Record. A partir de então começou a participar de concursos de calouro nas emissoras de rádio. Com as tentativas frustadas, assimilou o dia-a-dia de São Paulo – a Rua Aurora, o Brás e o Bexiga – e narrou em crônicas musicais as peculiaridades da capital paulista.

    Abriu mão do registro, emprestou do amigo Adoniran Alvez o primeiro nome e do sambista Luiz Barbosa, o sobrenome. Era ano de 1935, quando, enfim, o músico ganhara algum prestígio. Dez anos depois, Adoniran eternizava-se o maior poeta do samba paulistano com Saudosa Maloca e Samba do Arnesto. Na década de 50, era lembrado pelos Demônios da Garoa e, em 1966, alcançava um momento de glória, quando Trem das Onze, sua mais famosa composição, ganhava primeiro lugar no Carnaval.

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