<i>Querô</i> estréia com cenas de violência e carceragem

Baseado na obra Querô – uma Reportagem Maldita, do dramaturgo Plínio Marcos, chega nesta sexta-feira aos cinemas o primeiro longa-metragem do documentarista Carlos Cortêz, Querô. Com o também estreante Maxwell Nascimento no papel-título, o filme aborda a difícil realidade de um garoto que, abandonado pela mãe – morta ao consumir querosene (daí o nome do garoto), é criado “pela vida’ no porto de Santos.

Adolescente, ele é levado para a Febem (atual Fundação Casa), onde aprende, da pior maneira possível, que só os mais fortes sobrevivem. Após ser violentado, o garoto se revolta, mata um guarda e começa uma rebelião.

Querô consegue fugir do local e conhece Lica (Alessandra Santos), que talvez seja sua única possibilidade de redenção. Mas o passado não o abandona, e um policial corrupto, Sabará (Eduardo Chagas), continua perseguindo-o. O texto de Plínio Marcos é de 1976, mas a história continua muito atual.

A produção, exibida pela primeira vez no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro do ano passado, ganhou prêmios no mesmo evento por melhor ator (para Maxwell Nascimento), roteiro, som e direção de arte.