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Jornalista revela a China da Revolução Cultural

Arquivo Geral

11/06/2003 0h00

Em As Boas Mulheres da China, editado pela Companhia das Letras, é possível perceber a complexidade da sociedade do país que não é só o mais populoso do mundo, mas também pode ser incluído no grupo dos mais misteriosos e instigantes. A jornalista Xinran Hue, depois de anos conduzindo um programa de rádio direcionado ao público feminino, reuniu depoimentos que mostram que o mundo das chinesas pode ir do extremo do modernismo (nas grandes metrópoles) ao mais profundo primitivismo (no Norte da China). É uma leitura indispensável para compreender o vasto universo que vive a mulher chinesa. Xinran, que mora atualmente em Londres onde leciona temas relativos à cultura chinesa, relata por exemplo como vivem as charmosas acompanhantes de executivos em Nanquim e Xangai. Apesar da tradicional moral da China, elas não demonstram constrangimento nem dor de consciência. No livro, Xinran conta detalhes sobre as mulheres do Norte da China, que vivem como há 300 anos, sem conhecer absorventes, utilizando folhas no período da menstruação que ferem suas coxas, e tendo de submeterem-se aos desejos – e ordens dos homens de suas tribos. Elas são obrigadas a “casar” com todos os homens da tribo – em geral mais de cinco. Mas a preocupação principal da autora é sobre os efeitos da Revolução Cultural, promovida por Mao Tsé Tung, na qual a maior parte das chinesas perdeu sua identidade. Na prática, segundo a jornalistas, as chinesas estão perdidas e sofrem com os preconceitos – e conceitos – tradicionais. Faltam informações sobre sexo e relacionamentos amorosos.

Aos 7 anos, Xinran Hue viu o pai ser preso e os móveis e livros da família serem atirados numa fogueira por policiais. Nem suas tranças escaparam do fogo. Por causa das fitas “imperialistas” e “reacionárias” que as prendiam, elas foram cortadas e queimadas. Logo depois foi a vez de a mãe de Xinran ser detida, e de a menina e seu irmão pequeno serem enviados a uma escola militar.

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    11/06/2003 0h00

    Em As Boas Mulheres da China, editado pela Companhia das Letras, é possível perceber a complexidade da sociedade do país que não é só o mais populoso do mundo, mas também pode ser incluído no grupo dos mais misteriosos e instigantes. A jornalista Xinran Hue, depois de anos conduzindo um programa de rádio direcionado ao público feminino, reuniu depoimentos que mostram que o mundo das chinesas pode ir do extremo do modernismo (nas grandes metrópoles) ao mais profundo primitivismo (no Norte da China). É uma leitura indispensável para compreender o vasto universo que vive a mulher chinesa. Xinran, que mora atualmente em Londres onde leciona temas relativos à cultura chinesa, relata por exemplo como vivem as charmosas acompanhantes de executivos em Nanquim e Xangai. Apesar da tradicional moral da China, elas não demonstram constrangimento nem dor de consciência. No livro, Xinran conta detalhes sobre as mulheres do Norte da China, que vivem como há 300 anos, sem conhecer absorventes, utilizando folhas no período da menstruação que ferem suas coxas, e tendo de submeterem-se aos desejos – e ordens dos homens de suas tribos. Elas são obrigadas a “casar” com todos os homens da tribo – em geral mais de cinco. Mas a preocupação principal da autora é sobre os efeitos da Revolução Cultural, promovida por Mao Tsé Tung, na qual a maior parte das chinesas perdeu sua identidade. Na prática, segundo a jornalistas, as chinesas estão perdidas e sofrem com os preconceitos – e conceitos – tradicionais. Faltam informações sobre sexo e relacionamentos amorosos.

    Aos 7 anos, Xinran Hue viu o pai ser preso e os móveis e livros da família serem atirados numa fogueira por policiais. Nem suas tranças escaparam do fogo. Por causa das fitas “imperialistas” e “reacionárias” que as prendiam, elas foram cortadas e queimadas. Logo depois foi a vez de a mãe de Xinran ser detida, e de a menina e seu irmão pequeno serem enviados a uma escola militar.

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