Compreensível a revolta e indignação do Boris Casoy no Jornal da Record da última quinta-feira. Lamentavelmente, só aqui acontecem coisas muito próprias de países pré e subdesenvolvidos. Onde já se viu criar uma loteria para salvar os times de futebol endividados? Isso não tem o menor cabimento. Já existe aí um pedido de socorro para as emissoras de televisão. Todo mundo sabe, e é do conhecimento da maioria, a razão de esses clubes, salvo raras e honrosas exceções, estarem nessa penosa situação. Foram negociações malfeitas, transações obscuras, vendas e compras de jogadores duvidosas, direitos de imagem, sumiço de dinheiro e tantas outras coisas, que até determinaram a instalação de uma CPI, que acabou naquilo que todo mundo sabe. Tudo bem, querem uma loteria para salvar os times de futebol; devem criar outras, com o mesmo fim, para socorrer micros e pequenos empresários, comerciantes, além de outros tipos de trabalhadores, pessoas honestas, que geram empregos para milhões de brasileiros, mas que também estão numa situação difícil, atropeladas pelas rodas da economia. É profundamente injusta a criação dessa loteria. Que se busque uma solução, mas para todos e não por meio de loterias, caso contrário o nosso Brasil ainda vai virar um grande cassino. Parabéns

ao Boris.