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Hoje é Dia de Maria mostra Brasil fantástico

Arquivo Geral

16/12/2004 0h00

Estão a pleno vapor as gravações da microssérie de oito capítulos Hoje é Dia de Maria. Sob o comando de Luiz Fernando Carvalho, uma verdadeira cidade foi instalada nos estúdios globais, no Rio, para a produção de cenários, figurinos e adereços. A produção, que estréia em 11 de janeiro.

A série vai contar a saga da menina Maria (Carolina Oliveira), que mora no interior com a madrasta má (Fernanda Montenegro). Cansada de sofrer, sai em busca do mar, numa jornada de descobertas. “É a visão de uma criança. Tudo é simbólico, com um ar de sonho”, diz a diretora de arte, Lia Renha.

Para gravar as cenas, nada dos tradicionais estúdios ou de externas pelo país. “Uma produção reúne ao menos 70 pessoas. Viajar com todos ficaria caro”, diz Lia. A emissora preferiu montar no Projac uma enorme tenda circular, com 55 m de diâmetro e 26 m de altura – a mesma estrutura usada para abrigar um dos palcos do Rock´n´Rio.

Lá, Carvalho dirige os atores. Ao acompanhar Daniel de Oliveira numa corrida desesperada, por exemplo, faz uma curva com a câmera sobre um trilho. Num estúdio comum, não poderia fazer isso sem mostrar os bastidores.

Cobrindo a parede interna do círculo, um painel pintado a mão representa as paisagens pelas quais Maria passa, como o bosque e o sertão. “Não vamos esconder nada do público. Queremos que ele embarque na fantasia”, diz Lia.

Daniel de Oliveira, que faz o palhaço Quirino, sentiu na pele a intenção. “É diferente de tudo o que já fiz. Tem um clima de delírio”. O elenco conta ainda com nomes como Rodrigo Santoro, Letícia Sabatella e Stênio Garcia.

Animais Os animais são outro exemplo do aspecto fantasioso. São bonecos, alguns revestidos de retalhos. As roupas também não são realistas. A figurinista Luciana Buarque reformou figurinos da Globo. “A madrasta, por exemplo, não é de uma época específica. Representa todas as madrastas”, diz.

Para contar uma história baseada em contos populares – criada por Carlos Alberto Soffredini e roteirizada por Carvalho e Luís Alberto de Abreu –, a série terá uma cara popular. “A cultura do povo é marginalizada, mas tem força. Mostraremos isso fazendo coisas lindas com poucos recursos”, diz Lia.

ritmo Olhos na câmera, na luz e nos movimentos dos artistas e ouvidos atentos ao texto, o diretor Luiz Fernando Carvalho parece não perder nenhum detalhe. Ligado em música, usa uma trilha sonora instrumental – não captada pelos microfones – para criar o clima das cenas e ensaia algumas vezes com os atores antes de gravar.

“Ele é apaixonado pelo que faz, e passa esse amor para os atores”, diz Daniel de Oliveira, em seu primeiro trabalho com o diretor da minissérie Os Maias e do filme Lavoura Arcaica.

“Luiz dirige tudo e vê tudo”, completa o artista plástico cearense Raimundo Rodrigues, convidado por ele para criar objetos de cena de Hoje é Dia de Maria, como uma carroça e uma gaiola gigante. O trabalho foi feito ao longo de reuniões com o diretor. “Não é fácil acompanhar o ritmo dele”, confessa o artista.

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    16/12/2004 0h00

    Estão a pleno vapor as gravações da microssérie de oito capítulos Hoje é Dia de Maria. Sob o comando de Luiz Fernando Carvalho, uma verdadeira cidade foi instalada nos estúdios globais, no Rio, para a produção de cenários, figurinos e adereços. A produção, que estréia em 11 de janeiro.

    A série vai contar a saga da menina Maria (Carolina Oliveira), que mora no interior com a madrasta má (Fernanda Montenegro). Cansada de sofrer, sai em busca do mar, numa jornada de descobertas. “É a visão de uma criança. Tudo é simbólico, com um ar de sonho”, diz a diretora de arte, Lia Renha.

    Para gravar as cenas, nada dos tradicionais estúdios ou de externas pelo país. “Uma produção reúne ao menos 70 pessoas. Viajar com todos ficaria caro”, diz Lia. A emissora preferiu montar no Projac uma enorme tenda circular, com 55 m de diâmetro e 26 m de altura – a mesma estrutura usada para abrigar um dos palcos do Rock´n´Rio.

    Lá, Carvalho dirige os atores. Ao acompanhar Daniel de Oliveira numa corrida desesperada, por exemplo, faz uma curva com a câmera sobre um trilho. Num estúdio comum, não poderia fazer isso sem mostrar os bastidores.

    Cobrindo a parede interna do círculo, um painel pintado a mão representa as paisagens pelas quais Maria passa, como o bosque e o sertão. “Não vamos esconder nada do público. Queremos que ele embarque na fantasia”, diz Lia.

    Daniel de Oliveira, que faz o palhaço Quirino, sentiu na pele a intenção. “É diferente de tudo o que já fiz. Tem um clima de delírio”. O elenco conta ainda com nomes como Rodrigo Santoro, Letícia Sabatella e Stênio Garcia.

    Animais Os animais são outro exemplo do aspecto fantasioso. São bonecos, alguns revestidos de retalhos. As roupas também não são realistas. A figurinista Luciana Buarque reformou figurinos da Globo. “A madrasta, por exemplo, não é de uma época específica. Representa todas as madrastas”, diz.

    Para contar uma história baseada em contos populares – criada por Carlos Alberto Soffredini e roteirizada por Carvalho e Luís Alberto de Abreu –, a série terá uma cara popular. “A cultura do povo é marginalizada, mas tem força. Mostraremos isso fazendo coisas lindas com poucos recursos”, diz Lia.

    ritmo Olhos na câmera, na luz e nos movimentos dos artistas e ouvidos atentos ao texto, o diretor Luiz Fernando Carvalho parece não perder nenhum detalhe. Ligado em música, usa uma trilha sonora instrumental – não captada pelos microfones – para criar o clima das cenas e ensaia algumas vezes com os atores antes de gravar.

    “Ele é apaixonado pelo que faz, e passa esse amor para os atores”, diz Daniel de Oliveira, em seu primeiro trabalho com o diretor da minissérie Os Maias e do filme Lavoura Arcaica.

    “Luiz dirige tudo e vê tudo”, completa o artista plástico cearense Raimundo Rodrigues, convidado por ele para criar objetos de cena de Hoje é Dia de Maria, como uma carroça e uma gaiola gigante. O trabalho foi feito ao longo de reuniões com o diretor. “Não é fácil acompanhar o ritmo dele”, confessa o artista.

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