O jornalista Jota Alcides lança, hoje, às 19h, no Hotel nacional, o livro Marquês do Recife – Benemérito da Pátria. A obra conta a história de Francisco Paes Barreto, herdeiro de João Paes Velho Barreto, no Recife. “Francisco Paes Barreto não foi uma figura importante só em Pernambuco, mas para o Brasil”, opina Alcides. E justifica: “Ele liderou as revoluções de 1817 e 1822, que fizeram com que o Brasil deixasse de ser Colônia de Portugal.”
João Paes Velho Barreto, chegou em Pernambuco em 1557. Fundou o primeiro Morgadio da região em 1580, o de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo de Santo Agostinho. Foi nesse local, em 1779, que nasceu, Francisco Paes Barreto, o futuro Marquês do Recife.
“Francisco Paes Barreto multiplicou o patrimônio da família. Chegou a ser o Senhor mais rico de Pernambuco sem perder seu espírito libertário”, diz Alcides. Essa sede por liberdade ficou evidente em 1817, ano em que Francisco Paes Barreto doou dinheiro para a revolução, uma das mais importantes para o País, embora sufocada pelas forças imperiais portuguesas.
Também fundador da Academia Paraízo, Francisco Paes Barreto fez ela funcionar no Hospital Paraízo, principal hospital da cidade. A Academia reuniu 30 intelectuais de Pernambuco, entre eles, Frei Caneca. Outro feito de ousadia foi durante a Confederação do Equador, em que Francisco Paes Barreto se posicionou contra seus antigos compatriotas, que agora queriam do norte do Brasil, uma nação independente.
Por conta da vitória em cima dos confederados, Dom Pedro I homenageou Francisco Paes Barreto, lhe concedeu o título Marquês do Recife – Demérito da Pátria, que dá nome ao livro de Alcides. “O Marquês do Recife não era apegado a dinheiro. Pelo contrário, pagou um exército por seis meses sem exigir um centavo de volta”, diz o jornalista. “Era um nobre sem a vaidade da nobreza”, afirma Alcides.