Grupos de defesa dos direitos infantis do Malauí prometeram nesta quarta-feira seguir adiante com a tentativa legal de impedir Madonna de adotar um menino de 1 ano de idade desse país, apesar de a família do menino ter dado seu consentimento à diva pop.
Madonna irritou os grupos com seus planos de adotar o pequeno David Banda, que deixou seu país natal na terça-feira e foi levado à residência da cantora em Londres, depois de ela receber das autoridades do Malauí uma autorização temporária de adoção.
Banda vai ficar com Madonna por 18 meses, prazo durante o qual seu progresso será acompanhado por autoridades do Malauí, antes de ser dada a aprovação final para ele passar a fazer parte da família da popstar.
Madonna disse que quer dar a David uma vida melhor do que ele teria no orfanato em que vivia no Malauí, mas ativistas a acusam de usar sua fama para passar por cima das leis do país, que proíbem a adoção por estrangeiros.
Justin Dzonzi, advogado de grupos de defesa dos direitos infantis que querem obter um mandado judicial contra a adoção interina concedida a Madonna, disse que os grupos pretendem procurar os tribunais na próxima semana.
"Vamos nos reunir com o juiz na próxima semana e levar adiante um mandado contra o processo de adoção concedido a Madonna na semana passada pela Alta Corte", disse o advogado.
Yohane Banda, pai de David, disse que ativistas o procuraram na terça-feira para apoiar as objeções que fizeram, mas que ele acredita que Madonna poderá proporcionar uma vida melhor a seu filho.
"Essa é nossa criança e nós tomamos a decisão de deixar que Madonna o leve porque desejamos que ele tenha uma vida boa. Ninguém vai poder impedir isso, porque não poderão cuidar dele se ele for devolvido", disse o pai.
A avó de David, Asianati Mwale, 56 anos, criticou as organizações que querem que os tribunais suspendam a adoção interina.
"Onde elas estavam quando meu filho e eu procurávamos alguém para cuidar dessa criança? Elas sequer sabem o que tivemos que passar para salvar a vida de David. Confiamos que Madonna vai cuidar bem de nossa criança e que ela terá uma vida melhor", disse Asianati.
Um membro de um dos grupos que quer impedir a adoção disse que a aprovação do pai enfraquece sua ação junto aos tribunais.
