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Galã surpreende com personagem gay

Arquivo Geral

05/01/2005 0h00

Esqueça Carlão Batista, Cristiano Vilhena e Herculano Quintanilha. Esqueça a extensa lista de galãs vividos por Francisco Cuoco. Aos 71 anos, o ator quer supreender. O resultado da rebeldia é a volta aos palcos, depois de duas décadas, para viver o advogado Titi, na peça Três Homens Baixos, que estréia na sexta-feira no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. Em um encontro com outros dois amigos, o personagem de Cuoco resolve assumir que é gay.

“Estou numa nova fase. Quero poder fazer personagens diferentes. Mesmo quando vivia só os galãs tentava fugir do lugar comum”, diz Francisco Cuoco, que divide a cena com Gracindo Junior e Chico Tenreiro.

Nos palcos, um dos cuidados é não escorregar no estereótipo do homossexual. Mas isso não impede um dos maiores galãs da TV brasileira de desmunhecar em cena. “Ele dá uma de machão quando é criticado pelos amigos. Mas dá suas escorregadas também. É divertido, nunca gratuito”, conta o ator.

Francisco Cuoco lida com o novo personagem com a mesma tranqüilidade com que encarou a mudança de galã para papéis menos importantes nas novelas. O que poderia ser chamado de velhice se transformou em novas oportunidades: “A transição foi tranqüila. Tive a chance de fazer coisas novas”.

Nostalgia é uma palavra que não consta no dicionário de Francisco Cuoco. O ator, que já passou por três emissoras diferentes e está há 34 anos na Globo, não gosta de olhar para o passado. Prefere se dedicar a novos desafios, como o fazendeiro José Higino em América, próxima novela das oito. A trama será escrita por Glória Perez, discípula de Janete Clair, cujas histórias, como Selva de Pedra, transformaram Cuoco num astro da TV. “Meu passado foi muito bonito, mas não tenho nostalgia. Tenho um presente atuante”, comenta.

BiografiaO passado só será remexido na hora em que o ator decidir escrever sua autobiografia. Idéia que não lhe sai da cabeça e que pode virar realidade em breve. Momentos bons, como as novelas O Astro e Pecado Capital, ambas de Janete Clair, ou o início nos palcos de São Paulo, não vão ficar de fora. Nem os ruins, como a novela Quem é Você?, da qual ele preferia não ter participado: “Às vezes, vejo coisas na TV que nem lembrava mais que tinha feito. Esqueço coisas boas, imagine então as ruins”.

Na intimidade, Cuoco é adepto da simplicidade: “É a minha forma de respeitar quem vive com dificuldade”. O ator torce pela chegada do primeiro neto, faz caminhadas matinais e está solteiro:

“De vez em quando, arranjo uma namorada, mas é coisa rápida. Vivo sozinho. Prefiro que seja assim”.

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    05/01/2005 0h00

    Esqueça Carlão Batista, Cristiano Vilhena e Herculano Quintanilha. Esqueça a extensa lista de galãs vividos por Francisco Cuoco. Aos 71 anos, o ator quer supreender. O resultado da rebeldia é a volta aos palcos, depois de duas décadas, para viver o advogado Titi, na peça Três Homens Baixos, que estréia na sexta-feira no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. Em um encontro com outros dois amigos, o personagem de Cuoco resolve assumir que é gay.

    “Estou numa nova fase. Quero poder fazer personagens diferentes. Mesmo quando vivia só os galãs tentava fugir do lugar comum”, diz Francisco Cuoco, que divide a cena com Gracindo Junior e Chico Tenreiro.

    Nos palcos, um dos cuidados é não escorregar no estereótipo do homossexual. Mas isso não impede um dos maiores galãs da TV brasileira de desmunhecar em cena. “Ele dá uma de machão quando é criticado pelos amigos. Mas dá suas escorregadas também. É divertido, nunca gratuito”, conta o ator.

    Francisco Cuoco lida com o novo personagem com a mesma tranqüilidade com que encarou a mudança de galã para papéis menos importantes nas novelas. O que poderia ser chamado de velhice se transformou em novas oportunidades: “A transição foi tranqüila. Tive a chance de fazer coisas novas”.

    Nostalgia é uma palavra que não consta no dicionário de Francisco Cuoco. O ator, que já passou por três emissoras diferentes e está há 34 anos na Globo, não gosta de olhar para o passado. Prefere se dedicar a novos desafios, como o fazendeiro José Higino em América, próxima novela das oito. A trama será escrita por Glória Perez, discípula de Janete Clair, cujas histórias, como Selva de Pedra, transformaram Cuoco num astro da TV. “Meu passado foi muito bonito, mas não tenho nostalgia. Tenho um presente atuante”, comenta.

    BiografiaO passado só será remexido na hora em que o ator decidir escrever sua autobiografia. Idéia que não lhe sai da cabeça e que pode virar realidade em breve. Momentos bons, como as novelas O Astro e Pecado Capital, ambas de Janete Clair, ou o início nos palcos de São Paulo, não vão ficar de fora. Nem os ruins, como a novela Quem é Você?, da qual ele preferia não ter participado: “Às vezes, vejo coisas na TV que nem lembrava mais que tinha feito. Esqueço coisas boas, imagine então as ruins”.

    Na intimidade, Cuoco é adepto da simplicidade: “É a minha forma de respeitar quem vive com dificuldade”. O ator torce pela chegada do primeiro neto, faz caminhadas matinais e está solteiro:

    “De vez em quando, arranjo uma namorada, mas é coisa rápida. Vivo sozinho. Prefiro que seja assim”.

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