OProjeto Ateliê Aberto deixou de ser um teste e agora é um programa cultural da cidade. Há dois meses, o presidente da Sociedade dos Artistas Plásticos de Brasília, Omar Franco, teve a idéia, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Distrito Federal, de aproximar os artistas plásticos do DF do público. E o projeto só tende a crescer. Começou com 16 artistas e agora já são 35, espalhados pelo DF. Até fevereiro, a expectativa é que cerca de cem artistas façam parte do projeto.
Gratuitamente, desde agosto, o primeiro sábado de cada mês, das 10h às 17h, os ateliês de artistas do DF estão abertos à visitação. Nos outros dias, as visitas devem ser agendadas por telefone. “Tivemos grande aceitação de turistas, estudantes e apreciadores de arte. É uma necessidade que a cidade tinha. Tivemos ateliês que receberam mais de 30 visitas por dia, outros que não receberam nenhum, mas foi muito válido. Agora não é mais uma experiência piloto, os sucessos e fracassos vão depender de cada um, da atitude do artista”, explica Omar.
As cidades-satélites também terão artistas plásticos abrindo suas portas. “A importância está em democratizar o que está elitizado. As pessoas não vão a museus e exposições. No ateliê se cria um ambiente mais íntimo. O projeto não tem caráter comercial, é apenas para as pessoas conhecerem a arte”, define Omar.
Os novos artistas estão ansiosos com a estréia no projeto. Ana Torres há oito anos trabalha com pintura em Brasília. Hoje, em seu ateliê no Sudoeste, dá curso de pintura e acha que o projeto vai ajudá-la a divulgar seu trabalho, que utiliza a técnica de pintura a óleo em acrílico. “Acho o projeto excelente. A idéia é mostrar que a arte é cultura, despertar nas pessoas um interesse, para que coloquem em suas programações culturais, além de teatro e cinema, também visitas às exposições da cidade”, conclui.