Por causa do surto de conjuntivite no Rio de Janeiro – até o dia 23 de abril, haviam sido constatados 16,5 mil casos – o brasiliense deve ter cuidado redobrado para evitar o contágio. Como Brasília recebe muitos visitantes de outras localidades, incluindo esse estado, o risco de a doença se espalhar é grande.
A oftalmologista Adriana Aquino cita um outro fator negativo: a proximidade do DF com Caldas Novas, que é um ponto que reúne muitas pessoas e é um local de sol forte. “Por ser um dos principais refúgios de quem mora em Brasília e bastante movimentado, representa um provável local de disseminação da doença”. Adriana explica que a conjuntivite é uma inflamação da mucosa que recobre os olhos. Ela pode ser causada por fatores químicos, virais ou infecciosos (bactérias).
O caso mais comum, e que tem afetado Rio de Janeiro e DF, é o viral. Ele é mais fácil de ser transmitido, porque o contágio se dá pelo ar. No entanto, existem 80 tipos de vírus diferentes, que se manifestam de maneiras distintas.
Para que a recuperação seja mais rápida, o conselho é suspender o uso de lentes de contato e evitar trabalhos que exigem alta concentração visual, como a utilização contínua de computadores. Além disso, os cuidados com higiene devem ser intensificados durante o processo de tratamento da doença.
Em 2003, houve surto de conjuntivite no País, que atingiu vários estados. Entre eles, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Na época, foram registrados mais de 228 mil casos da doença.