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Celebração da diferença na tela

Arquivo Geral

26/11/2003 0h00

O brasiliense precisará de fôlego redobrado para cumprir mais uma agenda cultural na cidade. Terminado o 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na noite de ontem começa hoje à noite o Mix Brasil Festival da Diversidade Sexual, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Os organizadores lembram que nem todos os filmes são de temas exclusivamente homossexuais. “Não é um festival gay. É um festival da diversidade, o que amplia o horizonte de discussões”, destaca André Fisher, responsável por trazer o Mix dos Estados Unidos para o Brasil. Ao todo, o público que prestigiar o evento poderá assistir a 90 produções de 24 países, além de debates com a participação dos diretores. Segundo a organização, hoje o Mix Brasil figura no ranking dos principais festivais de cinema e vídeo do mundo que têm a diversidade como tema.

Atualmente, o Mix Brasil tornou-se maior que o Festival de Cinema Gay de Nova York. “Brasília assistirá dois terços das produções apresentadas em São Paulo”, garante Suzy Capó, jornalista responsável pela direção geral da 11ª edição do festival. O Festival Mix Brasil foi o primeiro no Brasil a abordar abertamente o tema sexualidade tendo como foco principal o comportamento de gays e lésbicas. Suzy lembra que na primeira edição, em 1993, André Fisher trouxe diretamente do festival de Nova York os filmes a serem apresentados por aqui. “Mas, em 1994, nós começamos a fazer a curadoria e a produção no Brasil com o objetivo de trazer filmes que aproximassem o público brasileiro”, explica.

Ao todo são 11 curtas brasileiros que concorreram. “O curta ganhador da mostra competitiva, escolhido por um júri especializado, e os vencedores do júri popular poderão ser vistos em Brasília”, antecipa a diretora geral do Mix, Suzy Capó. O curta vencedor da mostra competitiva foi Pálvida Vanessa Pérvida, do diretor Carlos Eduardo Nogueira. Por sua vez, o público escolheu o curta Nossos Parabéns ao Freitas, do diretor Felipe Marcondes e, como longa de ficção, o escolhido do grande público foi Lily Festival. O filme japonês, do diretor Sashi Hamano, fala sobre a sexualidade na terceira idade. “É bastante interessante”, afirma Suzy.

Além dos filmes, os cinéfilos poderão participar de debates. Pela primeira vez apresentando um documentário em Brasília, o diretor alemão Jochen Hick, 43 anos, traz um tema interessante ao festival. Trata-se do documentário Fale que Nem Homem: Gays na Zona Rural. O filme conta a história de quatro amigos gays assumidos de uma pequena cidade na área rural do oeste da Alemanha. “Lá é muito comum os gays saírem de cidades pequenas e irem para grandes centros, para se assumirem”, conta o diretor por telefone, antes de embarcar para Brasília. “Estou ansioso pelos debates depois da apresentação do documentário. Quero conhecer o público”, revela.

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    Os organizadores lembram que nem todos os filmes são de temas exclusivamente homossexuais. “Não é um festival gay. É um festival da diversidade, o que amplia o horizonte de discussões”, destaca André Fisher, responsável por trazer o Mix dos Estados Unidos para o Brasil. Ao todo, o público que prestigiar o evento poderá assistir a 90 produções de 24 países, além de debates com a participação dos diretores. Segundo a organização, hoje o Mix Brasil figura no ranking dos principais festivais de cinema e vídeo do mundo que têm a diversidade como tema.

    Atualmente, o Mix Brasil tornou-se maior que o Festival de Cinema Gay de Nova York. “Brasília assistirá dois terços das produções apresentadas em São Paulo”, garante Suzy Capó, jornalista responsável pela direção geral da 11ª edição do festival. O Festival Mix Brasil foi o primeiro no Brasil a abordar abertamente o tema sexualidade tendo como foco principal o comportamento de gays e lésbicas. Suzy lembra que na primeira edição, em 1993, André Fisher trouxe diretamente do festival de Nova York os filmes a serem apresentados por aqui. “Mas, em 1994, nós começamos a fazer a curadoria e a produção no Brasil com o objetivo de trazer filmes que aproximassem o público brasileiro”, explica.

    Ao todo são 11 curtas brasileiros que concorreram. “O curta ganhador da mostra competitiva, escolhido por um júri especializado, e os vencedores do júri popular poderão ser vistos em Brasília”, antecipa a diretora geral do Mix, Suzy Capó. O curta vencedor da mostra competitiva foi Pálvida Vanessa Pérvida, do diretor Carlos Eduardo Nogueira. Por sua vez, o público escolheu o curta Nossos Parabéns ao Freitas, do diretor Felipe Marcondes e, como longa de ficção, o escolhido do grande público foi Lily Festival. O filme japonês, do diretor Sashi Hamano, fala sobre a sexualidade na terceira idade. “É bastante interessante”, afirma Suzy.

    Além dos filmes, os cinéfilos poderão participar de debates. Pela primeira vez apresentando um documentário em Brasília, o diretor alemão Jochen Hick, 43 anos, traz um tema interessante ao festival. Trata-se do documentário Fale que Nem Homem: Gays na Zona Rural. O filme conta a história de quatro amigos gays assumidos de uma pequena cidade na área rural do oeste da Alemanha. “Lá é muito comum os gays saírem de cidades pequenas e irem para grandes centros, para se assumirem”, conta o diretor por telefone, antes de embarcar para Brasília. “Estou ansioso pelos debates depois da apresentação do documentário. Quero conhecer o público”, revela.

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