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Canções da memória musical de Brasília

Arquivo Geral

26/04/2003 0h00

Carmem Manfredini, Luiz Cruz, Luli Esteves e Rodrigo Han são os integrantes do quarteto vocal Spirituals de Porco. Há onze anos, eles encantam Brasília com suas interpretações à capela (sem acompanhamento instrumental) de clássicos do negro spirituals – o canto de origem religiosa dos negros norte-americanos. Agora, o grupo brasiliense prepara um CD somente com canções de compositores ligados à música da capital. “Esse é um trabalho inédito. Nenhum grupo de Brasília realizou um projeto assim”, conta orgulhoso Luiz Cruz, o mentor da idéia, surgida há três anos.

De dezembro do ano passado para cá, eles colocaram a mão na massa. Passaram três meses selecionando o repertório. Na primeira reunião, fizeram uma vasta lista, com nomes que incluíam Plebe Rude e Plástika, entre outros. “A Cássia Eller não pôde entrar porque ela era intérprete e só selecionamos compositores”, explica Rodrigo Han.

Daí, o critério de seleção foram as preferências pessoais do quarteto e a viabilidade de interpretação. “Nós gostamos muito do som dos Raimundos, mas é difícil cantar as músicas deles à capela”, conta Luli Esteves. Outros tantos ficaram de fora, pelo mesmo motivo.

Definidos os compositores, eles partiram para a segunda etapa: escolher a canção de cada um deles, com a preocupação de deixar o repertório eclético. “Ouvimos muitos discos e acabamos incluindo baião, rock, pop e outros ritmos”, diz Carmem Manfredini, irmã de Renato Russo.

Apesar da variedade dos ritmos, a referência do negro spirituals não foi deixada de lado. “Nós nascemos sob essa influência. Por mais que estejamos com um repertório diferente, composto apenas por músicas brasileiras, o negro spirituals é a nossa identidade”, afirma Rodrigo Han.

Esse será o segundo CD do Spirituals de Porco. Mas ele sairá antes do primeiro. Luiz Cruz explica a confusão. “O primeiro não existe fisicamente. Ele está pronto na nossa cabeça “, diz.

O disco, que ainda não tem nome, é um projeto independente. Os cantores estão buscando recursos. “Ele deveria ficar pronto em novembro. Mas a seleção demorou mais do que imaginávamos”, conta Rodrigo Han. A previsão é de que ele esteja fechado no início de 2004.

A produção artística é de Marcelo Carvalho. Luis Fernando Artigas e Gisele Braga cuidarão da produção executiva. O músico cearense Webster Lima é o responsável pelos arranjos – cinco deles já estão prontos, e o sexto, a caminho.

O Spirituals cogita a possibilidade de dar seqüência ao projeto, com uma seleção de compositores. “Teríamos outros inúmeros nomes para incluir”, afirma Luli Esteves.

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    26/04/2003 0h00

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    De dezembro do ano passado para cá, eles colocaram a mão na massa. Passaram três meses selecionando o repertório. Na primeira reunião, fizeram uma vasta lista, com nomes que incluíam Plebe Rude e Plástika, entre outros. “A Cássia Eller não pôde entrar porque ela era intérprete e só selecionamos compositores”, explica Rodrigo Han.

    Daí, o critério de seleção foram as preferências pessoais do quarteto e a viabilidade de interpretação. “Nós gostamos muito do som dos Raimundos, mas é difícil cantar as músicas deles à capela”, conta Luli Esteves. Outros tantos ficaram de fora, pelo mesmo motivo.

    Definidos os compositores, eles partiram para a segunda etapa: escolher a canção de cada um deles, com a preocupação de deixar o repertório eclético. “Ouvimos muitos discos e acabamos incluindo baião, rock, pop e outros ritmos”, diz Carmem Manfredini, irmã de Renato Russo.

    Apesar da variedade dos ritmos, a referência do negro spirituals não foi deixada de lado. “Nós nascemos sob essa influência. Por mais que estejamos com um repertório diferente, composto apenas por músicas brasileiras, o negro spirituals é a nossa identidade”, afirma Rodrigo Han.

    Esse será o segundo CD do Spirituals de Porco. Mas ele sairá antes do primeiro. Luiz Cruz explica a confusão. “O primeiro não existe fisicamente. Ele está pronto na nossa cabeça “, diz.

    O disco, que ainda não tem nome, é um projeto independente. Os cantores estão buscando recursos. “Ele deveria ficar pronto em novembro. Mas a seleção demorou mais do que imaginávamos”, conta Rodrigo Han. A previsão é de que ele esteja fechado no início de 2004.

    A produção artística é de Marcelo Carvalho. Luis Fernando Artigas e Gisele Braga cuidarão da produção executiva. O músico cearense Webster Lima é o responsável pelos arranjos – cinco deles já estão prontos, e o sexto, a caminho.

    O Spirituals cogita a possibilidade de dar seqüência ao projeto, com uma seleção de compositores. “Teríamos outros inúmeros nomes para incluir”, afirma Luli Esteves.

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