Num desses dias, conversando com o amigo Carlos Honorato, editor-chefe do Jornal de Brasília, fiquei sabendo que há dois anos ele resolveu passar suas merecidas férias na Bahia. Planejou tudo direitinho e foi de carro de Brasília até lá. Nunca passou pela sua cabeça que pudesse existir uma estrada tão ruim como aquela. Agora, neste começo de 2005, decidiu repetir o mesmo roteiro e foi novamente ao encontro de toda aquela beleza que é o litoral baiano. Para surpresa do Honorato, ele constatou o que há dois anos imaginou ser impossível: a estrada (?) está ainda pior. Guardadas as proporções devidas é a mesma coisa que acontece nos tortuosos e esburacados caminhos da nossa tevê. Vejam o caso do Big Brother, por exemplo. A cada edição do programa, até com certa ingenuidade, concluímos ser impossível vir um outro ainda pior. E a Globo acaba nos provando o contrário. Como todos os espaços do programa continuam devidamente ocupados por grandes e corajosos anunciantes, a emissora se sente estimulada, talvez até na obrigação de aumentar ainda mais a dose para as edições seguintes. É como a estrada do Honorato. Imaginem o que será dela daqui há dois anos.