Produzido pelo lendário Martin Hannet (também conhecido como Martin Zero), Closer já nasceu póstumo. O disco é o segundo capítulo e, ao mesmo tempo, o epitáfio de uma grande banda de curta trajetória – a inglesa Joy Division nasceu, cresceu, não envelheceu e morreu entre agosto de 1977 e maio de 1980, após o suicídio do vocalista Ian Curtis.
Atrocity Exhibition e Isolation abrem o disco em tom dramático – semelhanças com a personalidade e índole de Curtis são muito mais que meras coincidências. Letras carregadas de caos e fragmentação nos levam à gradação: Isolation, Passover e A Means to an End empurram a alma e o coração até o ponto de se ouvir Heart and Soul e Twenty Four Hours. A crueza da bateria de Stephen Morris (gravada acima ds outros instrumentos), o baixo melódico de Peter Hook, a guitarra apagada de Bernard Sumner e o teclado sombrio foram a moldura perfeita para a soturna voz de Curtis no grande ápice: Decades. Meses depois, os remanescentes saíram do luto e montaram uma banda chamada New Order. Conhece?