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A terra como alternativa para a mente

Arquivo Geral

04/06/2003 0h00

Em uma época em que a biotecnologia é considerada como uma solução para os males da agricultura, a escritora indiana Vandana Shiva – que também é conhecida por suas atividades em defesa do meio ambiente – aparece no bloco da maré contrária, defendendo as alternativas agrárias locais como necessidade também cultural e social. Em seu livro “Monoculturas da Mente”, lançado no Brasil neste mês pela Editora Gaia, Shiva explora o assunto em cinco ensaios sobre as perscpectivas da biodiversidade e da biotecnologia. Sua tese é de que a biotecnologia e a monocultura em larga escala (para venda em massa dos produtos) nada mais são do que provas de que o mundo globalizado é uma utopia e dão a falsa noção de que têm valor econômico irrefutável. A escritora exemplifica essa falsa noção em uma análise das plantações em massa de eucaliptos na Índia: pelas estatísticas sairia mais lucrativo trabalhar com as plantas nativas, com a vantagem para o desenvolvimento sustentável. Shiva é também uma ativista antiglobalização. Em um de seus ensaios do livro – “O Sistema de Saber enquanto Sistema de Poder”– ela propõe que as monoculturas significam o fim da diversidade e das alternativas e de todo um saber dos povos. “(…) as monoculturas ocupam primeiro a mente e depois são transferidas para o solo. As monoculturas mentais geram modelos de produção que destroem a diversidade e legitimam a destruição como progresso, crescimento e melhoria”, escreve a indiana.

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