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Política & Poder

Liderança do PSL prevê fim de votação da reforma da Previdência no sábado

Corrida contra o tempo é por conta da expectativa de Maia concluir os trabalhos da Câmara até o próximo dia 18

Willian Matos

09/07/2019 10h54

Atualizada 12/07/2019 8h12

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A liderança do PSL na Câmara, delegado Waldir (PSL-GO), disparou uma mensagem para seus deputados em que prevê que a votação da reforma da Previdência, em dois turnos, ocorra apenas no sábado, 13, à tarde, um dia a mais do que estimaram demais lideranças na segunda-feira, 8.

Já a previsão, segundo a mensagem, é que o texto principal seria aprovado na madrugada da quarta-feira, 10. Os destaques ficariam para o restante da quarta, possivelmente até a madrugada da quinta-feira, 11. 

Neste mesmo dia o texto voltaria para a Comissão Especial para a aprovação da redação que será levada ao segundo turno – cuja votação seria iniciada já na noite da quinta, tomaria toda a sexta-feira, 12, e seria encerrada no sábado à tarde. “Portanto, solicitamos que os parlamentares ‘adiem o retorno à base’ com fundamento nessa perspectiva”, diz a mensagem enviada em nome do deputado Delegado Waldir (GO), líder do PSL na Câmara.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fala à imprensa ao chegar ao Congresso Nacional.

A corrida contra o tempo se dá devido à expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de concluir os trabalhos da Casa até 18 de julho, data de início do recesso parlamentar. Congressistas afirmam que o governo já tem votos para aprovar o texto, contrariando a oposição, que insiste que estes votos ainda não são suficientes. Contrário à proposta, o grupo alega que o Executivo não tem mais de 260 votos e, até o início da tarde desta terça, tentaria articular com os dissidentes. Para a proposta ser encaminhada ao Senado, o texto tem que ser aprovado em dois turnos, com ao menos 308 votos dos 513 congressistas. Depois disso, a matéria segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, em seguida, para apreciação em dois turnos pelos senadores. São necessários 49 votos dos 81 parlamentares.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), previu que a reforma será aprovada em dois turnos no plenário da Câmara até a sexta-feira. O levantamento feito na segunda-feira mostrou que há segurança para a aprovação do texto-base da reforma, mas a maior preocupação é com os destaques que podem desidratar a economia.

Oposição quer incluir Estados e municípios

Lideranças da oposição informaram que os partidos de esquerda estudam a possibilidade de apresentar um destaque no plenário da Câmara para a inclusão de Estados e municípios na proposta de reforma da Previdência.

Como apurou o Estadão/Broadcast, a articulação foi avaliada pelos partidos do chamado Centrão. A estratégia da oposição visa a atrasar a votação, já que a medida é polêmica e deve provocar discussões calorosas e divergências no plenário.

A oposição vai definir quais destaques deve apresentar nesta terça-feira, 9, depois da reunião das lideranças na Câmara. 

A inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência é uma medida considerada polêmica.

Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) disse a investidores em Londres que tal proposta poderia ajudar a reforma da Previdência a se tornar “mais duradoura”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, já disse que a inclusão poderia inviabilizar a reforma, uma vez que tiraria votos de bancadas que já apoiam o texto.

Estadão Conteúdo

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