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Política & Poder

Homem que teria clonado celular de Rollemberg trabalhou na Codhab com diploma falso

Arquivo Geral

02/09/2016 18h00

Elio Rizzo/Cedoc

Eric Zambon
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O estelionatário Jefferson Rodrigues Filho, suspeito de ter clonado o celular do governador Rodrigo Rollemberg e tentado vender as informações pessoais à ex-presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PPS), trabalhou com diploma falso de Engenharia Elétrica na assessoria técnica da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) entre junho e agosto do ano passado.

Divulgação/Polícia Civil

Divulgação/Polícia Civil

Conforme processo julgado na 22ª Vara do Trabalho de Brasília, ele foi nomeado em 25 de junho de 2015 para o cargo de Assessor EC-08 e exonerado em 21 de agosto de 2015 por justa causa após a empresa estatal ter movido ação contra o homem. Apesar do curto espaço de tempo, ele ainda foi promovido a Assessor Sênior EC-05 antes da dispensa. As datas foram confirmadas pela Codhab, mas o nome de Jefferson não consta no Diário Oficial nos dias referidos.

A assessoria

A Codhab é ligada à Secretaria de Gestão de Território e Habitação (Segeth), cujo secretário, Thiago de Andrade, foi uma das vítimas do estelionatário. Em janeiro de 2015, Jefferson teria se passado pelo governador para enviar sugestões de nomes para cargos na administração pública. De acordo com a assessoria da pasta, no entanto, “não houve qualquer nomeação de indicações feitas pelo clonador”.

A responsável por revelar as ações do golpista foi a deputada Celina Leão, que prestou depoimento de maneira espontânea à Polícia Federal na tarde da última quinta-feira (1º). Por meio da assessoria, ela afirmou não ter o que acrescentar sobre o assunto pois “trata-se de uma investigação em curso”. “Coube a mim apenas repassar a denúncia”, complementou.

Leão, que deixou a base aliada do governador Rodrigo Rollemberg em junho do ano passado e desde então tem trocado farpas com o socialista, é alvo de investigação da própria PF, por conta da Operação Drácon. A ação foi deflagrada após o vazamento de áudios gravados pela distrital Liliane Roriz (PRTB) em que Celina teria supostamente revelado a existência de um esquema de propinas para direcionar as verbas de emendas parlamentares da Casa na área de Saúde.

A pressão enfrentada pela deputada já esteve do outro lado. O vazamento de seus áudios com Liliane aconteceu em meio à CPI da Saúde, que investiga outro suposto esquema de propina dentro da pasta no Governo de Brasília. A primeira-dama Márcia Rollemberg é uma das pessoas apontadas pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, como operadora dos ilícitos na secretaria. A comissão, que teve os membros Bispo Renato Andrade (PR) e Raimundo Ribeiro (PPS) afastados por iniciativa própria, ainda apura as denúncias feitas pela sindicalista.

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