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Política & Poder

Guerra às crateras: ofensiva para asfaltar a capital

Arquivo Geral

22/11/2018 7h00

Atualizada 21/11/2018 21h53

Foto:Renato Alves/Transição

Francisco Dutra
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Daclimar Azevedo de Castro será o próximo diretor presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). Indicado pelo futuro secretário de Obras, Izidio Santos, o servidor de carreira da empresa pública promete priorizar obras de drenagem e recuperação do asfalto no Distrito Federal. O futuro governador Ibaneis Rocha (MDB) definiu como prioridade a realização de obras para conter a onda de alagamentos na capital.

Segundo Azevedo, as vias do DF precisam de recuperação total do pavimento, com obras nas bases do asfalto. Este é um dos motivos de surgirem buracos em tão grande quantidade nas pistas brasilienses. Neste contexto, espera concluir os estudos técnicos no primeiro semestre de 2019 e começar os trabalhos no segundo semestre.

O próximo presidente da Novacap considera fundamental partir para uma extensa obra de atualização da rede de drenagem das águas das chuvas. “A gente precisa dar atenção especial para tudo isso. Evidentemente, buscar outras tecnologias de forma a evitar os problemas. Nós vamos alcançar a perfeição? Evidentemente que não. Mas vamos buscá-la”, afirmou.

Azevedo também vai focar esforços na manutenção de pontes e viadutos. “A gente precisa implementar uma drenagem macro em Brasília. A gente tem problema de drenagem. A gente precisa fazer esse grande projeto de pavimentação, para poder fazer as devidas correções de base, porque isso não foi feito. Entre outros projetos que vão aparecendo, eventualmente, ao longo do governo. E como disse, nós somos o executivo e nós vamos atender as demandas do governador”, comentou.

O futuro diretor presidente entrou na Novacap em 1992 como comissionado, sendo aprovado em concurso em 1997. Já trabalhou na empresa nos cargos de diretor Edificações e Urbanizações da empresa pública.

CEF financiará 12 mil residências

O governador eleito Ibaneis Rocha fechou um contrato para a construção de 12 mil moradias populares com a Caixa Econômica Federal (CEF). As obras serão realizadas pela JC Gontijo dentro do projeto do Itapoã Parque. A previsão é de início das obras no primeiro semestre de 2019, com conclusão dentro um prazo de dois anos.

Ibaneis também começou a negociar um empréstimo de R$ 43 milhões. “Nós estamos buscando mais 28 mil moradias para o DF, com projetos já em andamento na Caixa”, acrescentou. Por outro lado, ele buscará junto ao atual governo Rollemberg (PSB) a conclusão de outro contrato de R$ 450 milhões para obras com a Caixa.

“Ele precisa ser assinado até 14 de dezembro, senão o DF perde esses recursos”, alertou o emedebista. “Nós temos várias obras de saneamento que precisam ser assinadas”, alertou.

A longo prazo, Ibaneis negocia com a CEF um grande financiamento  para o DF, no patamar de R$ 3,5 bilhões, para outras obras.

Aproveitando o momento, Ibaneis começou a negociação para captar recursos destinados à reabertura do Teatro Nacional, dentro da Lei Rouanet. “Eles já têm um estudo. E existe uma possibilidade de a gente ter no próximo ano R$ 43 milhões”, afirmou. O governador eleito prevê começar as obras ainda em 2019.

A ponte de negociação com a Caixa foi reaberta por Ibaneis com a as negociações para destravar o imbróglio do novo Centro Administrativo (Centrad), situado entre Taguatinga e Ceilândia. A questão ainda está em análise, mas a intenção de Ibaneis é comprar o imóvel sem o pacote de serviços previstos no projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Centrad.

Saiba Mais

Ibaneis fez uma reunião com 23 deputados distritais eleitos. A única ausência foi a da futura parlamentar Arlete Sampaio (PT). Cláudio Abrantes (PDT) participou rapidamente do começo da conversa.

O próximo governador planeja fazer reuniões constantes com os distritais em busca de pautas de consenso. Ibaneis não pretende influenciar, diretamente, o processo de eleição da próxima Mesa Diretora da Câmara Legislativa.

O emedebista planeja apoiar a votação deste ano da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Em acordo com os parlamentares retirou do projeto de lei o dispositivo que impede uma revisão do texto antes do prazo original de cinco anos.

O próximo governo também espera que a atual legislatura também vote o projeto do Zoneamento Ecológico-Econômico do DF (ZEE).

Apesar de críticas de parte de população e de especialistas, Ibaneis considera que após 8 anos de discussão, o projeto da Luos está em plenas condições de votação.

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