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Política & Poder

Embaralhando o jogo: “Eu sou candidato”, diz Otto Alencar

Em entrevista exclusiva, Otto atesta: “Temos todo o direito de pleitear a presidência do Senado”

Redação Jornal de Brasília

17/12/2020 7h24

Foto: Agência Senado

José Américo
Especial para o Jornal de Brasília

A corrida para a sucessão das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal esquentaram depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela impossibilidade das candidaturas dos atuais presidentes das duas casas em função de estarem pleiteando reeleições dentro da mesma legislatura, o que não é permitido pela Constituição Federal.

Diante desse novo cenário, as forças se articulam nos bastidores do Congresso Nacional. No Senado, tudo indica, que o “novo” – fator decisivo para a eleição de Davi Alcolumbre em 2019 – não se repetirá. Assim como nas eleições municipais deste ano, a força dos políticos mais experientes tende a prevalecer nessa disputa. Por outro lado, a independência das casas está sendo mais valorizada do que nunca e, tudo indica, que será fator decisiva para eleger os próximos presidentes. No Senado, figuras bem articuladas e discretas costuram acordos e podem surpreender. O senador baiano Otto Alencar, PSD, é um desses nomes. Ex-deputado estadual por três mandatos, Presidente da Assembléia Legislativa, Secretário de Estado da Saúde, de Infraestrutura, Indústria e Comércio, vice-governador, governador e senador, tem experiência e jogo de cintura para disputar qualquer cargo na República. E mais: discreto e articulado, transita bem entre todas as correntes políticas da casa. É apontado por alguns dos seus pares como um forte nome para vencer a disputa. Confira a entrevista exclusiva concedida ao Jornalista José Américo Moreira da Silva, para o Jornal de Brasília.

As eleições municipais deste ano são as prévias das eleições de 2022. É consenso para a maioria dos analistas políticos, que neste pleito não se repetiu o fenômeno do “novo” de 2018. Mesmo sendo eleições totalmente diferentes, o senhor acredita que a população voltou a ter esperança nos políticos mais experientes, com currículo e trajetória conhecida? O senhor concorda com isso?

Concordo plenamente. O eleitor as vezes faz movimento na direção de uma proposta nova, de um candidato que as vezes tem carisma, é muito performático, as vezes tem um bom discurso e termina não sendo um bom gestor.
O eleitor esse ano aqui no meu Estado (Bahia), e eu vi em outros Estados, como aconteceu reeleições importantes como na capital do Estado de São Paulo e a volta do Eduardo Paes no Rio, por exemplo. Aqui na Bahia, o eleitor preferiu avaliar quem já foi testado e aprovado, quem já exerceu o cargo e teve o desempenho bom, razoável e foi pra segurança do voto em cima do perfil e do currículo desses políticos. Aqui na Bahia foi uma coisa que nós vimos com muita clareza. Muitos dos 109 prefeitos que o PSD fez na Bahia, a grande maioria já tinha passado por prefeitura, ou foram reeleitos, já tinha experiência administrativa, ou seja, o eleitor fez agora, a análise do currículo de quem já trabalhou, já executou, de quem sabe administrar, para não correr o risco de ter problemas, sobretudo administrativos, de falta de controle das finanças, do descontrole fiscal que é gravíssimo para os municípios, Estados e Governo Federal também.

A gente pode traçar um paralelo das eleições de 2018, do comportamento das urnas, com a própria eleição do Alcolumbre para a presidência do Senado, ele era um nome novo, um mandato novo, certo?

Olha, a eleição do Alcolumbre, foi uma eleição que na história do Senado não teve precedente. Houve uma renovação muito grande no senado em 2018, vieram senadores novos que não tinham história de terem sido governadores, a maioria não tinha sido Governador ou ocupado cargo nenhum, no caso de Eduardo Girão, Alessandro Vieira, Marco Durval, a Leila do Vôlei, a Soraya Thronicke, nunca tinham ocupado cargo absolutamente nenhum. Houve uma renovação tão grande, que esses novatos queriam um candidato novo, aí surgiu a candidatura do Davi, de uma reação dos novos. Tinha a candidatura do Renan, muito experiente, que já tinha sido presidente da casa e a do Davi que representava o “novo” naquele momento ali no senado. Aí se elegeu com 42 votos, um a mais do que o necessário para vencer no primeiro turno. Teve a candidatura do Ângelo Coronel, que nós votamos nele, do Esperidião Amim, e uma outra lá, então essa situação não foi comum. Ao longo dos anos, o senado vinha respeitando uma proporcionalidade, assim Renan se reelegeu, Eunício, o próprio ACM e também Sarney se reelegeu assim. Só que houve essa reviravolta, porque a renovação do Senado foi muito grande.

Como o senhor avalia a presidência do Senado sob o comando do Davi Alcolumbre?

O Davi, nesse momento, teve dois períodos distintos. Exerceu a presidência de maneira presencial, que na minha opinião correspondeu à expectativa do Senado, no primeiro ano do seu mandato e esse ano de 2020, que nunca teve nada parecido na história da República, que foi tudo no remoto, no virtual. Eu devo dizer a você, sou um senador independente, não tenho maiores ligações com o governo, mas sempre votei tudo de interesse do governo por entender que estava votando pelo interesse do Brasil e no sistema remoto, do ponto de vista da produtividade, do trabalho, da capacidade do Davi de coordenar os trabalhos, de se aproximar do Governo para dar soluções para os Estados e municípios, ele foi muito bom. Recentemente, em uma reunião, eu estava com alguns senadores debatendo temas, internos, eu perguntei quem seria melhor presidente do Senado no sistema remoto entre todos nós que estávamos ali, quem seria melhor que o Davi? acho que nenhum.
Ele teve a tranquilidade de ficar em silêncio quando foi atacado, soube se aproximar do Bolsonaro, do Guedes, conseguiu o orçamento da guerra, conseguiu que o Banco Central colocasse dinheiro dentro do mercado secundário, ações, agronegócio, recursos para saúde, 500 bilhões. Ele criou e foi relator do projeto de lei que socorreu Estados, municípios e o DF, 60 bilhões, o Pronampe saiu do Senado Federal, o Renda Minha, tudo ele conseguiu. Às vezes criticam muito o Davi, porque ele se aproximou do Governo, mas trouxe soluções para o País. Isso que é importante. Se ele se aproximou do Bolsonaro, eu não o crítico, porque ele votou no Bolsonaro. E Bolsonaro apoiou ele para ser Presidente. Aí fica essa crítica. Mas na minha opinião, tanto no presencial quanto no sistema remoto, ele foi um grande Presidente.

E não permitiu nenhuma interferência, não lutou por aquelas chamadas pautas ideológicas?

Pauta bomba. Não permitiu nenhuma pauta bomba, ideológica e entrou e está saindo agora sem nenhuma denúncia de improbidade, irregularidade ou corrupção, coisa que já aconteceu várias vezes no Senado. E eu apesar de independente, não ter proximidade com o governo, dou sempre as pessoas os que elas merecem, nesse ponto, ele foi positivo.

Então o senhor estaria entre os senadores que votaria na reeleição de Davi, se o Supremo tivesse referendado a reeleição dele?

Se o Supremo tivesse referendado, além dele ser o virtual vencedor, ele seria imbatível, sem dúvida nenhuma eu também votaria nele.

Com essa nova configuração após o veto do Supremo à reeleição do Alcolumbre ao Senado e do Maia na Câmara, o senhor acha que já existe algum nome favorito entre os seus pares?

Ainda não existe candidato virtualmente vencedor. Gosto muito de corrida de cavalo. Vamos todos sair do box, para ver quem vai chegar na frente primeiro.
Estão todos colocando as candidaturas, eu não sei quem é o candidato do PP, não sei se vai ter ou não, não sei se o MDB vem com candidato, nosso partido tomou a decisão de aguardar os fatos.
Numa candidatura como essa, que o Davi sai de cena e não tem um virtual vencedor, o que acontece, é que certamente começa a ter os movimentos internos, pra ver como vai se arrumar as diversas bancadas. Então por enquanto é aguardar. A eleição é em fevereiro, uma eleição como essa, muda até de véspera. O Davi mesmo não era um candidato que estava trabalhando para ser presidente, ele surgiu 15 dias antes, aliás, começou a colocar a candidatura dele nesse tempo, e por um erro estratégico do Senador Renan, que é um senador experiente, que prestou grande serviço ao senado, por quem eu tenho muito respeito e admiração, por erro estratégico dele e por todos aqueles fatores que citei antes, acabou dando as condições para o Davi se eleger.

O senhor se referiu ao senador Renan. Ele agora sugeriu a suspensão do recesso e foi muito criticado. O senhor acha que isso é uma jogada política do MDB para a sucessão do Senado?

Não, eu acho que não. Eu concordo com isso. Eu acho que o momento exige de cada um de nós, o trabalho nesse período, depois do Natal e Ano Novo. O Brasil precisa disso, as duas casas funcionando mesmo que remotamente, é importante. O Renan, as vezes avaliam ele como alguém que pensa só politicamente, mas não é assim, ele tem grande espírito público. Eu o conheço. Mas tem muita gente que fala, que critica… não é o meu caso, tenho 35 anos de vida pública, nunca tive uma denúncia do Ministério Público, nunca respondi um processo. Já fui deputado 3 vezes, presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, secretário de saúde, de infraestrutura, indústria e comércio, vice- governador e governador. Tomei conta de bilhões do meu Estado. E não sei o que é responder um processo ou ter denúncia do MP.
A verdade é que a imprensa por denúncia do MP, excessiva ou equivocada, ou por carga de um juiz que não gosta dele, o Renan foi muito perseguido, então colocaram ele como uma pessoa que só pensa politicamente, e não é assim, ele tem espírito público, ele ajudou o Brasil em alguns momentos dirigindo o Senado, aprovando matérias importantes, é muito preparado. E a avaliação que fazem dele, às vezes, é muito equivocada. Não acredito que ele tenha proposto isso pensando na sucessão do Senado. Tá pensando naquilo que precisamos fazer, neste momento, pelo país diante dessa pandemia.

Senador, o senhor acabou de falar sobre um assunto que eu ia perguntar. O senhor tem uma longa e vitoriosa trajetória política. Caso seja indicado formalmente pelo seu partido, se sente preparado para assumir a presidência do Senado?

Entrei na política com 38 anos, estou com 73 anos. E até pouco tempo atrás jogava capoeira. Tive que operar o joelho, aí parei. Fui 3 vezes deputado Estadual, presidente da Assembléia Legislativa, Secretário de Estado de Saúde, Infraestrutura, Indústria e Comércio, Vice-Governador e Governador. Saí da política em determinado momento, quando Antônio Carlos Magalhães estava vivo ainda. Eu sou médico, ele me indicou pro Tribunal de Contas dos Municípios, aí fui e não me adaptei e renunciei, podia ficar até 2025, renunciei em 2010. Comecei a trabalhar e vi que não nasci pra ser juiz. Me contrariava muito. E depois voltei para a política, fui vice-governador do Jaques Wagner (PT/BA) e depois senador.

Como segunda maior bancada hoje no Senado, o PSB tem direito de pleitear a cadeira de presidente, concorda?

Concordo. Temos todo o direito de pleitear a presidência da casa. Nosso presidente, o Kassab ainda não fez reunião conosco. Tivemos uma reunião interna. Existia o nome do senador Antônio Anastasia, que declinou publicamente, disse que não ia continuar, então tem aí o nome do senador Nelsinho, e meu nome também foi citado. Mas ainda não tem decisão, estamos numa fase de estudos. Somos a segunda maior bancada e estamos trabalhando para agregar novos nomes. Mais um ou dois senadores.
Até porque numa eleição como essa, numa bancada tão grande, com 12 senadores, você tem que fazer um movimento muito seguro, porque depois você tem que acomodar todos os senadores em posições estratégicas no senado. Comissão de Constituição e Justiça, Comissão de Assuntos Econômicos, Comissão de Assuntos Sociais, na mesa diretora e outros. Então, se você faz um movimento errado, você fica isolado no Senado Federal. Não é que nós somos clientelistas de cargos, estou falando de posições políticas. Nem passa pela minha cabeça. Pra você ter uma ideia, meu gabinete ainda tem cargo vago. Mas você tem que ter responsabilidade para ouvir todas as bancadas e negociar, e ter capacidade para entender que você tem um grupo menor ou não, ou se tem outro candidato que não é do seu partido, mas que preenche os pré-requisitos, que é bom para o Senado. Porque eu acredito que existem três palavras importantíssimas em qualquer casa legislativa: altivez, independência e autonomia. São essas três palavras que definem a estatura de alguém que vai ser presidente de uma casa legislativa. E respeito a constituição e às normas legais do regimento interno. Isso é fundamental.

A despeito de ser um cargo no legislativo, mas é um cargo de gestão, então quem for presidir tem que escolher quem vai lhe auxiliar nessa gestão.

Exatamente. A 1ª secretaria é justamente para cuidar da parte administrativa, que tem um orçamento muito grande, aliás, além do que é necessário, na minha opinião. Eu fui presidente da Assembléia da Bahia, na época que eu passei a presidência, depois de 2 anos, tinha participação de 0.6% do orçamento do Estado, hoje tem 1.3%. Tudo isso depende de como você administra. O Roberto Campos que foi ministro da Economia, em um dos seus discursos memoráveis, ele diz que numa eleição, o eleitor tem que votar para fazer a reforma dos homens que vão se sentar nas cadeiras, ou seja, o eleitor tem que saber em quem tá votando, como alguém que vai procurar um médico, com residência, especialidade, com doutorado, com experiência.
Então, quem faz a reforma do Estado é o eleitor, quando faz a reforma dos homens, quando substitui alguém que já não pode mais se eleger ou que não presta e coloca outro naquele lugar. Os eleitores que estou me referindo são os senadores que vão escolher um novo nome agora. É assim que eu acho que tem que ser escolhido o presidente de uma casa tão importante como o Senado da República.

Senador, eu falei com dois senadores com quem sempre converso, que não vem ao caso aqui cita-los, e eles me falaram que o senhor tem um estilo discreto, que o senhor transita em todas as alas do Senado e que ao contrário do seu correligionário, o Nelsinho, o senhor agrega muito mais em outras legendas e correntes políticas, e que, segunda a análise de um deles, se o senhor tiver o consenso dentro do seu partido, teria facilmente, a possibilidade de já sair candidato com o apoio do bloco da oposição. São 21 senadores. No entendimento dele, o senhor já começaria a sua caminhada rumo à presidência com 33 votos. Concorda com essa análise?

Olha, eu sou muito simples, e também não tenho caprichos, nem vaidade, porque quem tem a formação que eu tive, criado numa família tradicional do interior, sempre tem muita humildade, mas tem muita firmeza e muita coragem, também.
Eu realmente tenho recebido muitas ligações de senadores de outras legendas estimulando minha candidatura. Não são poucos, mas para que eu tenha essa possibilidade de ser candidato, eu preciso ter o consenso dentro do meu partido, essa hegemonia, essa maioria para que possa me lançar. Mas até agora não colocamos isso na mesa, a escolha desse nome. Estamos aguardando os novos passos. E ainda vai demorar um tempo para clarear esse cenário atual.

Mas, uma vez que o partido admita o seu nome, o senhor topa disputar o senado?

Não é um desejo incontrolado de ser ou tipo ambição, isso é uma missão pelas circunstâncias internas dentro do Senado. Eu sou líder do PSD e nós fizemos reunião e acertamos que ficaríamos ainda sem citar nomes, o Anastasia saiu e até a própria imprensa coloca o nome do Nelsinho, que tem também boa circulação no seio do Senado, no colegiado, então estamos aguardando os próximos passos, precisamos ter prudência para tomar decisões acertadas que não volte atrás, porque o mal da política é você voltar atrás.

Senador, para encerrar nossa entrevista… eu sei que o senhor é médico, o que acha dessa polêmica em torno da vacina? Toma não toma, é obrigatória ou não é. Eu não vou tomar, eu quero que tenha documento de autorização. Qual sua opinião?

Esse não é um debate que eu possa considerar para o Século XXI, para um país com a 10° economia do mundo, que avançou muito, eu considero uma discussão tão fora de padrão científico, como está acontecendo. É uma discussão que considero do tempo jurássico. Sou médico e sei o valor da vacina, comandei no meu Estado várias campanhas de vacinação de doenças que hoje estão em silêncio epidemiológico, significa dizer que tem mais de 20 anos que não tem um caso. Poliomielite, sarampo, varíola, essas viroses toda da infância, o H1N1 está controlado por vacina, a influenza está controlada por vacina, então o Coronavírus é um vírus como outro qualquer, que só é controlado por vacina, então querer discutir se deve ou não tomar a vacina, certamente é uma consciência atrasada. E eu, como médico e professor que fui, ter que ler isso nos jornais, vê isso na televisão, saber que existe um debate para tomar ou não a vacina, é lamentável. Viver uma polêmica dessas enquanto pessoas estão morrendo é inconcebível. A saída é a vacina, o mais barato é a vacina, vai gastar aí em torno de 19 bilhões pra vacinar o país como um todo, está se gastando muito mais do que isso, internando pacientes, com UTIs, ambiente hospitalar, já se gastou muito mais do que isso, investindo em hospitais de campanha, construindo novos hospitais, UPAs, contratando e ampliando a oferta de leitos, contratação de pessoal, e a vacina é a única coisa que resolve porque imuniza. Não tem outra forma de se defender da doença. Hidroxicloroquina é medicação para diminuir manifestação clínica, para diminuir a dor, baixar a febre, Ivermectina não resolve, Anita não resolve, é tudo medicação para diminuir os efeitos letais da doença, mas não cura. Só tem duas formas de se defender do Coronavírus, não ter a doença adotando medidas preventivas, de distanciamento social, ou tomar a vacina. Essa discussão, sobretudo com relação ao Presidente da República, querer bloquear a iniciativa do Governador do Estado de São Paulo, que eu louvo a iniciativa do Dória, de investir no Butantan, fazer o termo de cooperação técnica com a China para trazer a vacina o mais rápido possível, essa situação eu acho lamentável. O presidente não querer tomar a vacina porque o Dória tomou a iniciativa, ele deveria se somar ao Dória para resolver o problema do povo, salvar vidas. Essa política dentro da saúde para auferir densidade eleitoral é uma coisa que eu considero até crime de responsabilidade diante da situação que vive hoje o povo brasileiro.

Sua cidade natal tem o nome de Rui Barbosa, um dos grandes juristas que o Brasil e podemos dizer, que o mundo conheceu. E o Rui Barbosa tem uma citação que é bem oportuna nesse momento, ele disse: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que as vezes fico pensando se a burrice não será uma ciência”. É bem atual isso, não é senador?

É bem atual isso, Zé. Mas, também, o nosso querido e saudoso ACM, com quem, trabalhei por 20 anos, um grande amigo, sinto falta dele até hoje, ele dizia uma frase que eu acho bem legal: “Deus foi perverso com os políticos, liberou a burrice e limitou a inteligência” (risos). Ele tinha cada uma espetacular. Numa linguagem bem popular, ele passava essas mensagens.

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