Menu
Política & Poder

Em live, Eduardo Bolsonaro critica Major Olimpio e Joice Hasselmann

Ao citar a deputada, Eduardo disse que “o povo não gosta de traíras, o povo não gosta de pessoas maliciosas”.

Marcus Eduardo Pereira

25/10/2019 23h16

Brazilian Deputy Eduardo Bolsonaro, son of Brazilian President Jair Bolsonaro, holds a Brazilian national flag during the Conservative Political Action Conference (CPAC), in Sao Paulo, Brazil, on October 11, 2019. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)

Por uma live no Instagram, o atual líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disparou críticas a parlamentares do partido que não estão alinhados com a sua liderança. Eduardo, que é o terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), se referiu ao grupo como seus “desafetos” e o acusou de traição ao presidente. As falas foram veiculadas na tarde desta sexta-feira, 25.

As críticas mais pesadas foram dirigidas ao senador Major Olimpio (PSL-SP) e à deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso. Ao citar a deputada, Eduardo disse que “o povo não gosta de traíras, o povo não gosta de pessoas maliciosas”.

“Eles foram eleitos falando que são bolsonaristas, que seguem o presidente, mas agora eles não querem seguir o presidente. Por qual motivo, Joice Hasselmann, Major Olimpio, o outro deputado que eu nem sabia que existia, Abou Anni (PSL-SP), Júnior Bozzella (PSL-SP)?”, provocou Eduardo.

Ele ainda disse que seus “desafetos” estão “plantando materiazinhas na imprensa para dizer que a família do presidente se dá bem às custas de dinheiro público”, em referência a uma reportagem da revista IstoÉ que o acusa de usar dinheiro do partido para pagar passagens aéreas em sua lua de mel.

Para Eduardo, o racha que vive hoje o PSL fez “máscaras caírem” antes que o grupo diversionista conseguisse “ludibriar novamente as pessoas”, citando nominalmente o senador Major Olimpio, que trava com ele uma disputa pelo comando da sigla no diretório paulista. O PSL de São Paulo já foi presidido pelo senador e atualmente é liderado pelo deputado. “Eu nunca quis ser presidente do PSL em São Paulo, ele saiu porque quis”, falou Eduardo.

Por fim, o parlamentar se referiu a Joice Hasselmann, que tenta disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PSL, como uma “senhora amargurada que tomou um pé na … depois de sair da liderança do governo porque não conseguia seguir as ordens do presidente”. “Você não é confiável, Joice, você anda com o governador de São Paulo, o tucano João Doria e agora nem o Doria quer você”, completou Eduardo, em referência ao apoio do governador à reeleição de Bruno Covas (PSDB).
 
Segunda instância
 
O deputado federal defendeu a prisão após condenação em segunda instância, assunto que é discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O filho do presidente Jair Bolsonaro evitou fazer correlação entre o resultado do julgamento e possibilidade de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), oponente político do clã presidencial.

“Ninguém quer que um criminoso seja solto. Acho que segunda instância já é tempo suficiente para um processo chegar à verdade necessária para a condenação de alguém”, disse o deputado. “A maior parte dos países desenvolvidos, onde há um mínimo de organização social, a prisão ocorre em segunda instância.”

Questionado se uma eventual candidatura de Lula, caso o julgamento beneficie o ex-presidente, aumentaria as chances de seu pai em uma eventual candidatura à reeleição, Eduardo disse que “não faz essa análise”.

“A gente não pode pensar em se perpetuar no poder, a gente tem de pensar no que é bom para o brasileiro, temos de pensar no que é bom para o Brasil.”

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado