Willian Matos
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O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, na noite de segunda-feira (9), que “a transformação que o Brasil quer” não virá por vias democráticas.
“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”, disse o vereador, no Twitter.
Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 9, 2019
A declaração viralizou e levou pessoas públicas a responderem Carlos. O perfil do PSDB disse: “Por vias democráticas, o brasileiro elegeu Bolsonaro e tirou o PT”. A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), também se pronunciou.
“Para Carlos Bolsonaro, vias democráticas não trarão a transformação que o país precisa. O que ele sugere? A tirania?”, disse a parlamentar, também pelo Twitter.
Para Carlos Bolsonaro, vias democráticas não trarão a transformação que o país precisa. O que ele sugere? A tirania? A democracia é o único caminho a se seguir para termos uma sociedade justa, livre e inclusiva. O nosso avanço será pela pluralidade e não pela censura e repressão.
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) September 10, 2019
O youtuber Felipe Neto, que tem se mostrado oposição ao governo, também falou a respeito da declaração de Carlos. “Se você está calado nesse momento, você é conivente. Todas as ameaças estão sendo feitas”, disse Neto.
https://twitter.com/felipeneto/status/1171218732733140997
Agora virei ditador?
Depois que a postagem viralizou, Carlos falou sobre. “Agora virei ditador?” perguntou, ironicamente.
Agora virei ditador? Pqp! 😂😂😂! Boa noite a todos!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 10, 2019
Licença não-remunerada
Na última sexta-feira (6), Carlos Bolsonaro pediu licença não-remunerada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele se baseou no Artigo 11, Inc. I do regimento interno da casa para alegar que precisa tratar de assuntos particulares. O período não pode ultrapassar 120 dias. Porém, não foram passados detalhes da ausência.