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Política & Poder

Bolsonaro volta a chamar crise do coronavírus de ‘histeria’

Desde o dia 9 de março, quando falou pela primeira vez sobre a doença, o presidente já chamou a propagação da covid-19 de “fantasia”

Redação Jornal de Brasília

17/03/2020 12h33

Brazilian President Jair Bolsonaro greets supporters in front of the Planalto Palace, after a protest against the National Congress and the Supreme Court, in Brasilia, on March 15, 2020. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro criticou “alguns governadores” e voltou a chamar a crise causada pelo avanço do novo coronavírus de “histeria”. As declarações foram feitas em entrevista à Super Rádio Tupi, do Rio, na manhã desta terça-feira, 17. Desde o dia 9 de março, quando falou pela primeira vez sobre a doença, Bolsonaro já chamou a propagação da covid-19 de “fantasia”, mas depois apareceu em uma live nas redes sociais usando máscara.

“O que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo”, disse Bolsonaro, que também acusou “grandes órgãos de empresa” de não o deixarem em paz, em referência às críticas recebidas pelos cumprimentos que fez, no domingo, 15, a manifestantes de um ato pró-governo no Palácio do Planalto.

O presidente criticou a ação de governadores que determinaram medidas de isolamento nos Estados e que, em sua opinião, vão prejudicar a retomada econômica do País e deixar muitos trabalhadores informais desassistidos.

“A economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam: a taxa de juros lá embaixo, a questão do Risco Brasil também, então estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria e alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia”, afirmou Bolsonaro.

As falas ocorrem no dia em que a 14ª pessoa ligada à comitiva presidencial nos Estados Unidos recebeu resultado positivo para o coronavírus e que o País registrou a primeira morte em decorrência da doença.

Bolsonaro já havia afirmado que a preocupação dada ao coronavírus estava “superdimensionada” e negou que houvesse uma crise em curso, culpando mais uma vez a “grande mídia”. No entanto, depois que o secretário de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, recebeu o diagnóstico de covid-19, Bolsonaro apareceu usando máscara em uma live e desaconselhando os atos pró-governo marcados para o domingo, 15.

Também no domingo, em entrevista à CNN Brasil, chamou de “histeria” as medidas adotadas para conter a pandemia do coronavírus, como o fechamento provisório de lugares com grande aglomeração de pessoas, a suspensão de aulas e a proibição de jogos de futebol.

Estadão Conteúdo

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