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Saúde

Uso de lâmpadas UV na aplicação de esmalte semipermanente pode desenvolver câncer

O verniz semipermanente “requer o uso combinado de lâmpada ultravioleta e diodo emissor de luz (LED) para secar e fixar” as camadas

Redação Jornal de Brasília

03/05/2023 12h42

Foto: AFP

A Academia Nacional de Medicina da França alertou nesta quarta-feira (3) sobre os possíveis riscos cancerígenos das lâmpadas de calor utilizadas na aplicação de esmalte semipermanente, tratamento estético que está na moda há dez anos.

O verniz semipermanente, que dura de duas a três semanas e é aplicado em centros especializados de manicure, “requer o uso combinado de lâmpada ultravioleta (pelo menos 48 watts) e diodo emissor de luz (LED) para secar e fixar” as camadas, diz a Academia de Medicina.

“Essas lâmpadas emitem raios UV do tipo A (UVA), que penetram profundamente na pele e são conhecidos por promover o envelhecimento, mas principalmente o desenvolvimento de cânceres de pele”, acrescenta.

Um estudo publicado em 2022 em uma revista especializada, Clinics in Dermatology, registra alguns casos de câncer associados ao uso desse tipo de verniz em anos anteriores e foi citado pela Academia.

No entanto, a Academia reconhece a necessidade de estudos epidemiológicos em larga escala para avaliar o risco com mais precisão.

Esta “parece estar ligada a três fatores”, descreve a Academia. Eles citam a pouca idade de início do consumo (em média 20 anos), a frequência (5 a 6 vezes por ano) e a exposição durante vários anos.

“O efeito cumulativo da exposição aos raios UVA representa um risco significativo e pode ser agravado no caso de pele clara ou imunossupressão do cliente”, detalha.

A Academia recomenda a aplicação de protetor solar nas mãos 20 minutos antes da exposição às lâmpadas UV/LED.

Também pede o desenvolvimento de campanhas de informação para a população e aos profissionais, destacando o risco da “aplicação contínua de esmaltes semipermanentes, sobretudo em pessoas de pele clara”.

© Agence France-Presse

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