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Saúde

Segundo pesquisa, sexo virtual afeta o sexo real

De acordo com a pesquisa, o sexo virtual ainda não é rotina entre os brasileiros, já que apenas 44% dos entrevistados consideram algo normal

Camila Bairros

04/07/2022 7h53

De acordo com uma pesquisa encomendada pela Omens, plataforma de intermediação de saúde dedicada ao homem, em parceria com o Happn, aplicativo de namoro, 44% dos brasileiros encaram o sexo virtual como algo comum na vida sexual. Essa prática se intensificou na pandemia devido às restrições de distanciamento social.

Desse percentual, 26% realiza o sexo virtual somente com o parceiro fixo, o chamado relacionamento sério. A pesquisa ainda mostrou que o sexting é algo mais comum entre homens, 48%, do que entre mulheres, 40%. Entre homossexuais, o índice é alto, chegando a 69%.

O sexo virtual impacta na vida sexual real, seja de forma positiva ou negativa, segundo 50% dos brasileiros ouvidos na pesquisa. Mas 29% deixaram claro, qualquer outra forma de sexo que não seja na vida real impacta negativamente na relação, pois gera uma falta de interesse na prática real.

Outros 21% acreditam que o sexo virtual ajuda no interesse pela outra pessoa, ou seja, afeta de forma positiva. Para completar, 34% das pessoas afirmaram que o sexo virtual não impacta na vida sexual real e 15% não opinaram sobre o assunto.

“O virtual compõe a sexualidade, abrindo possibilidades de explorar o prazer sexual de novas formas. Os efeitos do sexting, positivos ou negativos, irão depender do uso, ético ou não, que se faz deste recurso”, avaliou Francis Kich, psicólogo especialista em sexualidade da Omens.

Segundo o psicólogo, um sinal de alarme é a substituição total das práticas sexuais presenciais pelas virtuais. “Vergonha e baixa autoestima são alguns dos muitos motivos que podem fazer com que algumas pessoas se utilizem das redes sociais para não entrar em contato pessoal. Nesse sentido, o sexting pode se tornar nocivo – quando for a única forma de vivenciar a sexualidade”, completou.

Virou rotina?

De acordo com a pesquisa, o sexo virtual ainda não é rotina entre os brasileiros. Apenas 44% dos entrevistados consideram o sexo virtual como algo normal, 39% como incomum e 30% não têm interesse em fazê-lo.

No virtual, existe o risco relacionado à violação da privacidade, por isso, Kich sugere que não sejam mostradas partes do corpo que possam facilmente ser identificadas.

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