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Saúde

Sangramento do nariz pode ser crônico

Arquivo Geral

13/10/2014 11h02

O clima seco de Brasília é uma das características mais marcantes da cidade. Este ano, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou um dos menores níveis de umidade relativa do ar, chegando a menos de 10%. De acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), valores de umidade abaixo de 12% devem ser considerados estado de emergência, visto que o ideal é uma média acima de 30%. 

O otorrinolaringologista Bruno Loredo, explica que o clima seco intensifica o surgimento de problemas respiratórios. “A proteção do organismo durante a entrada do ar é feita, entre outros componentes, por cílios que estão nas células que revestem a mucosa do nariz. A baixa umidade diminui o movimento desses cílios, o que desfavorece o processo de filtragem das partículas.”

O especialista destaca que as secreções das mucosas nasais são uma forma de proteger as vias respiratórias. “O ar seco faz com que as mucosas fiquem ressecadas, o que diminui a proteção e provoca muito incômodo. Pessoas com rinite alérgica e infecções tendem a ter mais crises nesse período, devido ao maior contato com a poeira, a poluição e os agentes alergênicos”, detalha Dr. Bruno, do Hospital Santa Luzia, em Brasília.

 

Sangramentos nasais crônicos

Situações de sangramento, causadas pela baixa umidade do ar, são comuns devido à alta vascularização das mucosas nasais. Dr. Bruno Loredo, otorrinolaringologista, lembra que o ressecamento dessa região provoca uma sensibilidade excessiva do tecido. “A mucosa fica mais fina, o que expõe os vasos sanguíneos, podendo leva-los ao rompimento. O sangramento apresenta graves riscos em idosos e pessoas que tomam anticoagulantes, que deixam o sangue mais ralo.”

O vaso afetado e o grau do sangramento determinam a melhor forma de ameninar essa hemorragia. Casos graves, em que o sangue não para de vazar, devem ser estancados com o uso de tampão ou por meio de cirurgia. “O tampão é uma opção, porém, causa muito incômodo e muita dificuldade de respiração, o que pode ser um empecilho, principalmente para idosos”, esclarece o médico.

A vídeo-cirurgia é feita por meio da cauterização do vaso rompido. “É introduzida uma micro-câmera na via respiratória do paciente, para identificar o local do sangramento e o vaso rompido. Com isso, este vaso sanguíneo é cauterizado, para estancar o sangramento. Este é um procedimento muito efetivo, principalmente para os sangramentos de grande volume, os quais colocam em risco a vida do paciente”, conclui Dr. Bruno.

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