Quem quer ser jovem para sempre? Essa reflexão já inspirou muitos autores e cineastas, em todo o mundo, a contarem histórias sobre a juventude eterna e o rejuvenescimento do corpo. A ficção, por vezes, inspira a Ciência a criar soluções para amenizar os efeitos da velhice. Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, divulgaram na última quarta (11) um estudo relacionado ao rejuvenescimento do cérebro.
A equipe identificou uma proteína presente no fluido cerebral de camundongos jovens, que foi extraída e inserida no cérebro de um rato envelhecido. Como resultado, verificaram que o procedimento aumentou a cognição dos animais envelhecidos.
A ideia veio da jovem pesquisadora e neurocientista Tal Iram, que descobriu que uma semana de infusões de fluido cefalorraquidiano de um rato jovem melhorou as lembranças do roedor mais velho. A descoberta foi publicada como artigo científico no site Nature.
O estudo
Ela trabalhou durante um ano para desenvolver a técnica de coleta do líquido que banha o cérebro e a medula espinhal de roedores.
“Isso destaca essa noção de que o líquido cefalorraquidiano pode ser usado como um meio para manipular o cérebro”, disse a doutora Iram.
A descoberta indica que tornar os cérebros resistentes às mudanças implacáveis da velhice dependem mais da restauração do cérebro para um funcionamento mais próximo de seu estado juvenil.
Os experimentos foram realizados apenas com roedores. Não foi informado quando testes serão feitos em humanos. Mas esse avanço é importante, pois fornece dados sobre formas de retardar o envelhecimento de tecidos corporais.
Será possível manter a qualidade de aprendizado do cérebro até morrer? Esse estudo é mais um passo em direção a essa e a outras perguntas relacionadas ao rejuvenescimento.