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Saúde

Primeira imagem da ômicron mostra mutações perigosas da variante; conheça

A imagem tridimensional, que compara as mutações da nova cepa com as da variante delta, foi produzida por pesquisadores do hospital Bambino Gesù, de Roma.

Redação Jornal de Brasília

30/11/2021 18h13

Pesquisadores produziram a primeira “imagem” da variante ômicron da Covid e seu considerável número de mutações.

A imagem tridimensional, que compara as mutações da nova cepa com as da variante delta, foi produzida por pesquisadores do hospital Bambino Gesù, de Roma.

“Isso não quer dizer automaticamente que essas mutações são mais perigosas, diz simplesmente que o vírus se adaptou mais uma vez à espécie humana gerando outra variante”, informaram os pesquisadores, no domingo (28). “Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos ou mais perigosa.”

A transmissão descontrolada fomenta o surgimento de novas variantes. Sobre isso, há críticas constantes à má distribuição e disponibilidade de vacinas contra Covid pelo mundo, com os imunizantes concentrados nos países ricos.

A equipe de pesquisa do Bambino Gesù se concentrou na busca por mutações a nível “da estrutura tridimensional da proteína Spike”, explicou à AFP Claudia Alteri, professora de microbiologia clínica na Universidade de Milão e pesquisadora no hospital italiano.

Essa proteína é “responsável pelo reconhecimento do receptor humano e da entrada do vírus dentro das células”, dizem os especialistas. A proteína Spike é o alvo de várias das vacinas atuais e, portanto, mudanças substanciais nessa proteína causam preocupação quanto às vacinas.

A imagem foi feita a partir de sequenciamentos da nova variante fornecidos à comunidade científica e procedentes principalmente de Botsuana, África do Sul e Hong Kong.

Alteri afirma que, apesar da imagem parecer um mapa da variante, com ela não é possível definir o papel das mutações.

“A partir de agora, será importante definir, mediante experimentos de laboratório, se essas combinações podem ter um impacto na transmissão ou na eficácia das vacinas, por exemplo”, disse a especialista.

AFP

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