LUANA LISBOA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Os estados do Norte (Acre, Amazonas, Pará e Tocantins) registraram alta na ocorrência de casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), especialmente nas populações adulta e idosa, segundo o boletim infogripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) desta quinta-feira (18). O aumento foi impulsionado pela influenza A.
O informe indica o início ou a manutenção do aumento das hospitalizações pela mesma doença em alguns estados do Nordeste (Bahia, Maranhão e Piauí) e, no Sul, em Santa Catarina, além de retomada do crescimento no Espírito Santo (Sudeste). A análise é referente ao período de 7 a 13 de dezembro.
A atualização aponta que cinco estados no Brasil (Acre, Amazonas, Pará, Tocantins e Mato Grosso) e o Distrito Federal apresentaram incidência de Srag em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com sinal de crescimento nas últimas seis semanas.
O mesmo cenário foi verificado em cinco capitais: Rio Branco, Manaus, Belém, Palmas e Macapá. A análise ainda aponta que, no Amazonas, ocorre o início de crescimento de Srag em crianças de até dois anos, causado pelo VSR (vírus sincicial respiratório).
No Distrito Federal, o incremento de casos de Srag se concentra na população infantil de até quatro anos e tem sido alavancado pelo metapneumovírus e rinovírus. Já em Mato Grosso, os dados laboratoriais disponíveis ainda não permitem determinar o vírus responsável pelo crescimento de Srag no estado.
INCIDÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA
Os dados laboratoriais por faixa etária mostram que o rinovírus tem sido a principal causa de hospitalização por Srag em crianças e adolescentes de até 14 anos. Também foi verificado um maior número de casos de Srag classificados como “outros” nas crianças de até dois anos, dos quais a maioria é causada por metapneumovírus.
A leve diminuição dos casos de Srag na população de jovens, adultos e idosos no agregado nacional ainda é reflexo da diminuição das hospitalizações por influenza A em alguns estados do Sudeste e Centro-Oeste.
No entanto, as hospitalizações pelos vírus continuam aumentando em estados das regiões Norte, Nordeste e Sul. Mesmo estando em níveis baixos de incidência em todos os estados, a Covid se mantém como uma das principais causas de hospitalização por Srag entre os idosos nas últimas semanas.
Em nível nacional, o cenário atual aponta indícios de queda na tendência de longo prazo e de estabilização ou oscilação na tendência das últimas três semanas.
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